publicado a: 2016-12-16

Estenfiliose da Pereira

Nos últimos anos, a estenfiliose causada por Stemphylium vesicarium, tem vindo a manifestar-se com severidade em Portugal, especialmente em pomares da região Oeste na Estremadura.

Os sintomas podem surgir nas folhas, ramos e frutos. Os estragos que causam maiores prejuízos são os que ocorrem nos frutos. Surgem, principalmente, desde o início do amadurecimento do fruto até à colheita e, agravam-se no decurso da conservação, inviabilizando a comercialização.

A elevada incidência da doença pode decorrer de vários fatores, como sejam as práticas culturais desadequadas, a oportunidade dos tratamentos, os tipos de fungicidas utilizados nos diferentes períodos de sensibilidade da pereira, as eventuais quebras de eficácia dos fungicidas e as concentrações ou doses utilizadas.

As características complexas da doença (ciclo biológico) e do patogénio (patogenicidade dos isolados, diversos hospedeiros e variabilidade intraespecífica) conduzem à necessidade de integração de diversos meios de luta.


Meios de luta aconselhados:

  1. Implementar práticas culturais para redução do inóculo potencial existente no pomar: remoção de folhas e frutos infestados e lenha de poda. Queimar ou fazer compostagem do material infetado;
  2. Promover o equilíbrio nutricional das plantas;
  3. Eliminar os pomares abandonados;
  4. Proteger o pomar desde a floração;
  5. Optar por aplicações preventivas de fungicidas (período de incubação da doença muito curto 3 - 7dias);
  6. Alternar os modos de ação de fungicidas;
  7. Evitar repetição de fungicidas com maior risco de desenvolvimento de resistência.


Colaboração especial:

Cecília Rego - crego@isa.ulisboa.pt
Pedro Reis - pedroreis@isa.ulisboa.pt

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