publicado a: 2016-09-15

Estivemos na Agroglobal e falámos com o Professor Ricardo Braga sobre Agricultura de Precisão

Durante a Agroglobal tivemos a oportunidade de ter uma pequena conversa com o Professor Ricardo Braga, do Instituto Superior de Agronomia, sobre Agricultura de Precisão.


O que é a agricultura de precisão?

É um sistema de produção que visa otimizar a gestão das culturas utilizando diversas tecnologias: de informação e comunicação, eletrónica, deteção remota, entre outras, para fornecer ferramentas aos produtores agrícolas de maneira a que eles consigam gerir a sua atividade. Inclui várias ferramentas para fornecer uma ajuda à tomada de decisão.


Como é que estamos em Portugal, ao nível da agricultura de precisão?

É uma área que nasceu nos Estados Unidos, no final dos anos 80. Em Portugal tem tido uma evolução crescente. Nós começámos uma divulgação mais forte ao nível das universidades no ano 2000, e o que é certo é que nos últimos 3 ou 4 anos têm surgido empresas de prestação de serviços que dão apoio ao agricultor na adoção da agricultura de precisão e isso tem feito com que o interesse seja cada vez maior. Há cada vez mais empresas agrícolas a usufruir deste tipo de tecnologia, e é um facto que em algumas delas, o custo de adoção não é muito significativo e tem impactos grandes na performance. É isso que estamos a tentar demonstrar para que se dê o "clique". Estamos a trabalhar com agricultores líderes de opinião.


Em relação à Agroglobal, esta é uma área que já está bastante visível na feira?

É uma feira profissional e quem vem aqui é o agricultor que é o alvo da agricultura de precisão, ou seja, é aquele agricultor que quer eficiência e eficácia, quer cada vez mais melhorar na sua gestão. É, portanto, decisivo. Por exemplo tivemos aqui um seminário sobre agricultura de precisão e também tivemos em 2014 e hoje, a audiência foi mais do dobro.

Também não posso dizer que a agricultura de precisão está generalizada, porque não está, estamos no início, mas temos já na ordem das duas ou três dezenas de empresas que já entraram no ciclo, já procuraram a inovação a este nível. É um caminho que se faz andando e nestes eventos, o facto de nos associarmos a agricultores líder, que depois vêm estar presentes nestas feiras, é uma forma de dar a conhecer este tipo de agricultura.


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