publicado a: 2016-12-07

O que deve saber sobre a Proteção Integrada

O conceito de Proteção Integrada foi desenvolvido por entomologistas nos anos 50, como um sistema que aplicava princípios ecológicos no uso de métodos de controle biológico e químico contra insetos nocivos. Posteriormente ampliou-se para incluir todos os métodos de controlo e ultimamente ampliou-se ainda mais, incluindo todos os tipos de pragas - patógeneos, insetos, nemátodos, infestantes e vertebrados.

Assim, a Proteção Integrada pode ser definida como a estratégia que utiliza diferentes técnicas de controlo (biológicas, culturais, físicas e químicas), complementares entre si e cuja prioridade é evitar ou reduzir os danos causados por uma ou mais pragas numa cultura particular. É dada prioridade aos métodos que são mais seguros para a saúde humana e para o ambiente, que permitem a produção económica de produtos de qualidade para o mercado ou, mais ainda, conceitos tais como a Produção Integrada, que têm como base a Proteção Integrada.

Desenvolvimento de um programa de Proteção Integrada

Os elementos a tomar em consideração para desenvolver um programa de Proteção Integrada são:

  1. Identificar corretamente o problema; por exemplo, pragas ou doenças e os seus inimigos naturais.
  2. Monitorizar a praga, temperatura e humidade, o que permite determinar com precisão os níveis de infestação da praga, a presença de inimigos naturais e o efeito das condições ambientais sobre eles.
  3. Determinar níveis de prejuízo económico a partir dos quais é necessário acompanhamento.
  4. Tomar decisões de gestão de acordo com as informações obtidas através da monitorização.
  5. Fazer uso do controlo natural, cultural e biológico em conjunto com a utilização de produtos seletivos, se necessário.
  6. Avaliar decisões ao nível de pequenos, médios e grandes agricultores.
  7. Transferir os resultados ao nível dos agricultores e consultores técnicos.


Limiar e Nível Económico de Ataque (NEA)

O limiar de prejuízo económico, uma ferramenta crítica na Proteção Integrada, indica-nos o tempo oportuno para decidir uma ação preventiva. Assim, o limiar de prejuízo económico é definido como a densidade à qual se devem iniciar medidas de controlo a fim de evitar o aumento da população da praga que atinja o NEA.

O limiar económico deve ser determinado antes do nível de dano económico, a fim de ter tempo suficiente para o início das medidas de controlo e para que essas medidas entrem em vigor antes da população atingir o NEA. Por conseguinte, o NEA é definido como a densidade da população de uma praga que provoca uma redução no valor da colheita, seja em rendimento ou qualidade, e que é maior do que o custo do tratamento de controlo.

Assim, o NEA varia com o tempo e local durante uma temporada e é sensível às condições ambientais e práticas agronómicas, aos custos de produção e às condições de preço do produto no mercado.


Prevenção, observação e intervenção

Existem três passos que devem ser levados em conta: prevenção, observação e intervenção.


1. PREVENÇÃO

Limitar ou prevenir pragas, através da gestão das culturas, de forma a aumentar as populações de auxiliares, reduzindo os locais das diferentes pragas e/ou diminuindo o alimento para as pragas.

Para quebrar o ciclo da praga, algumas ferramentas a usar são: rotação de culturas, variedades resistentes a pragas, boa sanidade, remoção de pragas e hospedeiros, gestão de resíduos de colheita, restolhos e sementes. Existem também métodos espaciais e sequenciais e de controlo de material de plantação ou sementeira.

Métodos espaciais: como, por exemplo, usar vários padrões de cultivo, espaçamento entre plantas, cultivos intercalados, plantações em fileiras, uso de culturas que atraem as pragas ou intercaladas com outras, gestão do habitat.

Métodos sequenciais: como por exemplo, rotação de culturas, culturas múltiplas, etc.,.

Controle da plantação/sementeira: como por exemplo, a resistência da planta hospedeira, o uso de sementes e plantas livres de doenças, diversidade genética da cultura, fertilização e irrigação adequada, etc.


2. OBSERVAÇÃO

O objetivo deste aspeto da proteção das culturas é determinar quais as medidas a tomar e quando as tomar.

Acompanhamento das culturas:

A inspeção à cultura em intervalos regulares é uma questão fundamental. Há que averiguar como crescem as plantas, as infestantes, os insetos e doenças que estão a aparecer, para chegar a uma decisão sobre o uso de fertilizantes, controle de infestantes, insetos e doenças e, finalmente, a data em que a época de colheita deve começar.

Também se devem avaliar os inimigos naturais, já que a sua presença pode permitir que se minimize o uso de produtos fitofarmacêuticos. Deve-se contar o número de pragas presentes e o número de inimigos naturais presentes na cultura, para se chegar a uma decisão sobre as ações apropriadas.

Sistemas de suporte das decisões:

A fim de ajudar os agricultores a tomar decisões sobre a incidência de pragas nas suas culturas, fazem-se investigações para determinar em que ponto devem ser executadas. Por exemplo, quando a população de um inseto prejudicial atinge um determinado nível na cultura, pode ser recomendável o tratamento com um inseticida. Essa recomendação faz-se de acordo com a fase de crescimento da cultura e da presença de insetos benéficos.

Também é possível que assessores de organismos públicos, ou outros, tenham programas de previsão para aconselhar os agricultores sobre quando realizar atividades de controle de pragas.

Gestão regional:

Para permitir um controlo eficaz de certas pragas, é possível que se tenham que tomar medidas de controlo de grande envergadura, especialmente quando se trata de pragas altamente móveis. Nestes casos, provavelmente todos os agricultores de uma dada localidade devem tomar medidas adequadas. Normalmente essa ação coordenada seria organizada por organismos públicos. Por exemplo, a gestão da mosca da fruta.


3. INTERVENÇÃO

O objetivo das medidas de intervenção direta é reduzir populações de pragas a níveis economicamente aceitáveis. Os tipos de controlo são:

Químico: com substâncias orgânicas e inorgânicas. Podem ser sintéticas, organismos ou derivados de organismos (biopesticidas, feromonas, aleloquímicos, reguladores de crescimento de insetos) ou provenientes de recursos naturais (inorgânicos) .

Biológico: a intervenção biológica utiliza organismos predadores, parasitóides e agentes patogénicos de pragas. Estes podem ser introduzidos diretamente.

Cultural: são medidas de gestão, tradicionais ou não, que podem ser preventivas ou intervencionistas. A maneira de agir é fazer com que a planta seja inaceitável para a praga, devido à dimensão das populações de pragas de inimigos naturais. Nesta categoria estão, por exemplo, rotação de culturas, culturas intercaladas, culturas que atraem as pragas, o uso de plantas e/ou de sementes certificadas, plantação e cultivo no momento apropriado, gestão adequada da irrigação e adubação, etc.

Físico: a manipulação física pode alterar as características físicas do ambiente para gerir as populações de pragas. Estas incluem, por exemplo, a destruição de resíduos de culturas, mobilização apropriada do solo, barreiras físicas, tais como estufas, solarização, gestão do nível de humidade do solo para lidar com algumas pragas, etc.

Genético: controlo através da gestão de genes, cromossomas e sistemas reprodutivos das culturas, pragas e populações benéficas. Exemplos: resistência de plantas hospedeiras, esterilização de insetos machos, melhora genética de inimigos naturais, etc.


Fonte: Portal Frutícola

Comentários

  •   Gonçalo Pucarinho 2022-02-27 0 0
    Protecção integrada é um conceito com princípios ecológicos, com métodos de controlo biológico e químico contra pragas nocivos para as culturas, a sua prioridade é evitar e reduzir danos causados ás culturas, dando sempre prioridade a métodos ecológicos e seguros a saúde humana
    •   Daniela Reis 2021-11-19 0 0
      Nível Económico de Ataque (NEA) é considerado a base do equilíbrio entre os aspectos ecológicos e económico, ou seja, a proteção integrada privilegia o desenvolvimento de culturas saudáveis com a menor perturbação possível dos ecossistemas agrícolas e agroflorestais e incentiva mecanismos naturais de luta contra os inimigos das culturas, mas por vezes o inimigo é maior que a luta que temos para dar, e quando ultrapassa esse NEA, o profissional de agricultura terá de tomar decisões para que não seja atingido o limiar do prejuízo económico. Assim deve-se: 1. Prevenir ou limitar pragas, utilizando vários métodos, como por exemplo rotação das culturas nos solos, usar espaçamento entre as culturas, remoção das pragas, usar culturas que atraem pragas de modo libertar as restantes. 2. Com uma monitorização adequada, poderemos saber quando tomar medidas e quais tomar. Algumas dessas medidas poderão ser definidas a nível regional e implementadas por todos os agricultores dessa região. 3. Aplicar medidas para controlar as pragas a um nível economicamente aceitável.
      •   Ana Caldas 2021-11-14 0 0
        O Nível Económico de ataque (NEA) pode ser definido como a intensidade do ataque de um inimigo da cultura que implica a aplicação de medidas limitativas ou de combate, pois o prejuízo causado por estes inimigos é superior ao custo das medidas em si. Quanto aos passos que devem ser tidos em conta são a prevenção, observação e intervenção. A prevenção tem como princípio orientador a contrariação do ciclo dos inimigos da cultura, através da rotação das mesmas, ou seleção de culturas resistentes, sanidade adequada, remoção de pragas e hospedeiros, gestão de resíduos de colheitas, restolhos e sementes. Também é possível diminuir a intensidade do ataque dos inimigos através do recurso a medidas espaciais e sequenciais e controlo de material de plantação e sementeira. Não se trata portanto de medidas de combate, mas de desencorajamento aos inimigos das culturas. Relativamente à observação, esta deve ser realizada através de inspeções à cultura para avaliar a necessidade de aplicar medidas e o momento de o fazer. No que concerne à intervenção, sendo esta decisão devidamente fundamentada e ponderada, tem como objetivo reduzir as populações de pragas para níveis economicamente aceitáveis. Existem diversos tipos de intervenções, a saber: químico, biológico, cultural e físico. Cabe ao produtor avaliar, de acordo com as autoridades competentes, quais as soluções mais adequadas para a situação em concreto. As associações de agricultores e os Fóruns de discussão como é o caso da aplicação Agrozapp podem ser uma ajuda preciosa, no momento de tomar uma decisão rápida e acertada, que vai de encontro às necessidades da cultura em causa.
        •   Pedro Rodrigues 2021-07-02 0 0
          O nível económico de ataque encontra-se relacionado com dois aspectos: O aspecto ecológico, que se baseia essencialmente no equilíbrio biológico de uma cultura com tolerância do maior número de organismos nocivos. O aspecto económico associado à compensação do capital de produção que deve proporcionar ao agricultor, uma produção sem perdas significativas, com produtos de qualidade, obtida com o menor número de tratamentos e com melhoria do solo e ambiente. Nível Económico de Ataque (NEA) é o nível de tolerância que é a base do equilíbrio entre os aspectos ecológicos e económico. Para que não seja atingido o limiar do prejuízo económico devemos ter estes três passos bem definidos: 1. Prevenção – Prevenir ou limitar pragas, utilizando vários métodos, como por exemplo rotação das culturas nos solos, usar espaçamento entre as culturas, remoção das pragas, usar culturas que atraem pragas de modo libertar as restantes. 2. Observação – Com uma monitorização adequada, poderemos saber quando tomar medidas e quais tomar. Algumas dessas medidas poderão ser definidas a nível regional e implementadas por todos os agricultores dessa região. 3. Intervenção – Aplicar medidas para controlar as pragas a um nível economicamente aceitável. Podem ser medidas utilizando produtos químicos (com substâncias orgânicas e inorgânicas), cultural (rotação de culturas, intercaladas, culturas para atrair pragas), físico (alterando as condições climáticas para a cultura, como por exemplo instalação de estufas) e genéticos (controlo através de genes).
          •   David Neto 2021-06-21 0 0
            O NEA (limiar de prejuízo económico) é uma ferramenta que permite identificar o limiar máximo de tempo/densidade até decidir e ou acionar uma medida preventiva contra pragas. Em termos técnicos, é definido como a densidade à qual se devem iniciar medidas de controlo a fim de evitar o aumento da população da praga que atinja o NEA. Este deve ser determinado antes de ocorrem dano económicos e com margem temporal para que as medidas de controlo entrem em vigor antes de atingir o NEA. Os três passos fundamentais, para que os danos possam ser minimizados são: Prevenção; - Limitar ou prevenir pragas, através da gestão das culturas; Observação; - determinar quais as medidas a tomar e quando as tomar; e Intervenção - Reduzir populações de pragas a níveis economicamente aceitáveis;
            •   Jessica Rodrigues 2021-06-21 0 0
              O Nível Económico de Ataque (NEA) consiste na intensidade de ataque de um inimigo da cultura, a partir da qual devem ser adotadas medidas limitativas ou de combate ao inimigo em causa, evitando que o prejuízo da cultura seja superior ao custo do tratamento de controlo da praga. O NEA varia com diversos fatores como o tempo, local, condições ambientais, práticas agrónomas, custos de produção e o preço de mercado do produto. Deve-se ainda ter em conta três passos fundamentais, para que os danos possam ser minimizados: - Prevenção, procurando limitar e quebrar o ciclo de pragas, de modo a aumentar as populações de auxiliares, através de métodos espaciais, sequencias ou de controle da plantação/sementeira. - Observação, através do acompanhamento das culturas, de suporte da tomada de decisão ou até mesmo através de gestão regional, para de determinar quais as medidas a adotar. - Intervenção, adotando medidas (químico, biológicas, culturais, físico e genéticas) que reduzam as populações a níveis economicamente aceitáveis.
              •   almeida.amitaf 2021-06-13 2 0
                O Nível Económico é uma ferramenta na proteção entregada que nos indica o tempo oportuno para decidir uma ação preventiva pra que não exista prejuízos nível de produção assim como a nuvem ambiental e saude humana . É tido em conta aspetos como a prevenção ; a observação e entervenção todos esse aspetos incluem uma informação de como e quando atoar de forma a todos saírem a ganhar . Fátima Almeida .
                •   almeida.amitaf 2021-06-13
                  Nivel económico de ataque .
              •   liliana alves 2021-04-01 0 0
                Nível económico de ataque – É a intensidade de ataque de um inimigo da cultura, a que se devem aplicar medidas limitativas ou de combate, para impedir que a cultura corra o risco de prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adotar, acrescidos dos efeitos indesejáveis que estas últimas possam provocar. Existem três passos que devem ser levados em conta: prevenção, observação e intervenção. 1. PREVENÇÃO Limitar ou prevenir pragas, através da gestão das culturas, de forma a aumentar as populações de auxiliares, reduzindo os locais das diferentes pragas e/ou diminuindo o alimento para as pragas. utilizando também métodos como: Métodos espaciais, Métodos sequenciais e Controle da plantação/sementeira. 2. OBSERVAÇÃO O objetivo deste aspeto da proteção das culturas é determinar quais as medidas a tomar e quando as tomar. fazendo o Acompanhamento das culturas, utilizando Sistemas de suporte das decisões e fazer Gestão regional. 3. INTERVENÇÃO O objetivo das medidas de intervenção direta é reduzir populações de pragas a níveis economicamente aceitáveis. Os tipos de controlo são: Químico, Biológico, Cultural, Físico e Genético
                •   Sandra Coelho 2021-02-04 0 0
                  A proteção integrada procura combater os inimigos das culturas de forma económica, eficaz e com menores inconvenientes para o Homem e o ambiente. Deste modo, recorre-se à utilização racional, equilibrada e integrada de todos os meios de luta disponíveis (genéticos, culturais, biológicos, biotécnicos e químicos) com o objetivo de manter as populações dos inimigos das culturas a níveis tais que não causem prejuízos. Torna-se necessário efetuar a estimativa do risco, isto é, a observação atenta e contínua da cultura, de modo a detetar os seus potenciais inimigos e avaliar, através da intensidade do seu ataque, os possíveis estragos ou prejuízos que possam causar. A aplicação deste método de produção traduz-se na produção de produtos agrícolas de melhor qualidade, reconhecidos pela qualidade associada aos serviços ambientais que incorporam, compatíveis com a proteção e a melhoria do ambiente, da paisagem e dos recursos naturais. A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) é a entidade que estabelece os princípios, orientações e normas técnicas necessárias à proteção integrada das culturas ou grupos de culturas. A prática da proteção e produção integrada pressupõe que técnicos e agricultores tenham conhecimentos específicos. Face à necessidade de conhecimentos específicos para o exercício da produção integrada é importante que os técnicos e agricultores frequentem ações de formação. Em proteção integrada tem-se em conta o nível de ataque que a cultura pode suportar sem riscos económicos, pois não se trata de erradicar o inimigo da cultura, mas aceitar a sua presença desde que não ultrapasse um certo nível de referência – nível económico de ataque (NEA) – que corresponde à intensidade de ataque do inimigo da cultura a que se devem aplicar medidas limitativas, ou de combate, para impedir que a cultura corra o risco de prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adotar, acrescidos dos efeitos indesejáveis que estas possam causar. Com base na estimativa do risco e no nível económico de ataque, procede-se à tomada de decisão e à seleção dos meios de luta. Para poder controlar os NEA devemos seguir três passos: a prevenção, a observação e a intervenção. Estes possibilitam o acesso à informação essencial para um bom caderno de campo permitindo atuar atempadamente para uma produção agrícola mais saudável.
                  •   Maria Teves Gago Camara Bernardo 2021-01-10 0 0
                    A Proteção Integrada é cada vez mais essencial, quer em situais ambientais, quer em condições de saúde publica. Tudo em prol de um planeta mais saudável para as gerações futuras, isto porque as práticas agrícolas tradicionais e industriais, as monoculturas contribuíram muito para a diminuição da biodiversidade do nosso belo planeta. A proteção e produção integrada são essenciais para ajudar a repor a biodiversidade que é importantíssima para o ambiente e clima do nosso planeta. Se continua-se a produzir como dantes, iriamos contribuir ainda mais para o aumento da temperatura do planeta e teria consequências muito graves para todos os sectores como a agricultura. Assim, com a proteção e produção integrada podemos produzir num modo mais sustentável e saudável contribuindo a saúde publica, para o ambiente permitindo a biodiversidade e bem estar do planeta. Uma das ferramentas muito importante para a proteção integrada é o NEA (nível económico de ataque). O NEA é definido como a densidade da população de uma praga que provoca uma redução no valor da colheita, seja em rendimento ou qualidade, e que é maior do que o custo do tratamento de controlo. Pode variar com o tempo e local durante uma temporada e é sensível às condições ambientais e práticas agronómicas, aos custos de produção e às condições de preço do produto no mercado. Para poder controlar os NEA devemos seguir estes três passos: a prevenção, a observação e a intervenção. Estes vão permitir ter informação essencial para um bom caderno de campo permitindo atual atempadamente para uma produção agrícola mais saudável.
                    •   Goreti Dinis 2020-11-04 1 0
                      A decisão de efetuar tratamentos numa cultura, quer sejam preventivos, quer sejam corretivos tem sempre vários custos associados, como o custo do produto, as horas de trabalho do aplicador, maquinaria utilizada, etc. A decisão de aplicação de um tratamento pode também não surtir o efeito pretendido, ou seja, pode ser demasiado cedo ou demasiado tarde para salvar a cultura. Esta tomada de decisão visa impedir que a cultura corra o risco de prejuízos superiores ao custo das medidas a adotar, acrescidos dos efeitos indesejáveis que estas possam causar na agricultura. Não se trata de erradicar os inimigos das culturas, mas aceitar a sua presença até um certo nível. Trata-se de adotar medidas preventivas O NEA tem em conta o nível de ataque que a cultura consegue suportar sem que isso comprometa toda a cultura e antes que se traduza em prejuízos económicos. Ao calcular o NEA pretende-se calcular o risco dos prejuízos de modo que estes não sejam superiores ao custo das medidas a adotar. Trata-se de conseguir o equilíbrio entre os aspetos ecológicos e os económicos. Torna-se necessário limitar ou prevenir as pragas, através da gestão das culturas, reduzindo os locais com pragas. Uma das formas de reduzir o risco é através da observação continua da cultura, e respetivos registos de modo a detetar os seus potenciais inimigos, verificando sistematicamente o estado da planta, os insetos, pragas e tudo o que a rodeia. Acompanhar a suscetibilidade da cultura a cada momento é crucial para se decidir qual o melhor momento para tomar medidas de intervenção, quer sejam químicas, biológicas, culturais ou físicas.
                      •   Aline Lima de Oliveira 2020-08-17 0 0
                        O NEA (nível econômico de ataque); é a densidade da população, ou seja quantidade de indivíduos, de uma espécie, nesse caso pragas que provoca uma redução no valor da colheita, seja em rendimento ou qualidade, e que é maior do que o custo do tratamento de controlo, provocando prejuízo para as culturas. Podemos e devemos dar passos que monitoram o NEA, que são: prevenção, observação e intervenção. agindo antecipadamente ao nível limite para que aconteça o prejuízo da cultura.
                        •   Margarida Neto de Vilhena Bernardino 2020-07-12 0 0
                          Artigo muito claro e esclarecedor. NEA (nível económico de ataque) é definido por uma dada densidade da população inimiga que a nossa cultura pode suportar. A partir deste valor, os gastos com o combate ao inimigo da cultura e as perdas em termos de qualidade e /ou quantidade da produção resultam em prejuízo. Devemos ter em conta medidas de prevenção, observação e intervenção.
                          •   Rui Lúcio 2019-08-05 0 0
                            NEA é o nível de intensidade de uma praga que pode provocar estragos e prejuízos numa determinada cultura, pode reduzir ou anular o valor final dessa cultura. Devemos então aplicar medidas para que se minimize ou anule esses prejuízos, tendo em atenção que as medidas a aplicar não sejam prejudiciais ao homem nem ao meio ambiente.
                            •   Madalena Santos 2019-08-01 0 0
                              NEA, ou nível económico de ataque, corresponde à intensidade de ataque do inimigo da cultura a partir do qual se devem aplicar medidas limitativas, ou de combate, para impedir que a cultura sofra prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adotar, acrescidos dos efeitos indesejáveis que estas possam causar. O conhecimento do NEA é fundamental pois este dá-nos a informação do nível de intensidade do inimigo que a cultura pode suportar sem riscos económicos. Partindo da estimativa do risco, ou seja, da monitorização contínua da cultura, de modo a detetar os seus potenciais inimigos e tendo em consideração os fatores de nocividade e o NEA, procede-se à tomada de decisão e à seleção dos meios de luta. Quando os inimigos das culturas estão em nível superior ao NEA, é necessário tomar medidas, em tempo útil, para os poder combater, sendo o recurso a serviços nacionais de avisos agrícolas muito importante neste contexto.
                              •   Elaine de Souza 2019-07-06 0 0
                                NEA ( nível económico de ataque) é a intensidade de ataque de inimigo ou praga de uma cultura; que se devem ter em conta medidas de combate para que a cultura não corra riscos, prejuízos. Os princípios da proteção fitossanitário em proteção integrada visam a obtenção de frutos sãos, de boa qualidade respeitando as normas . A obtenção de tais objetivos passa, obrigatoriamente pela gestão equilibrada dos recursos naturais protegendo o ecossistema. O controlo biológico ainda pouco se sabe sobre ele ; apenas que é um fenómeno natural que consiste na regulação de plantas e animais ( agentes de mortalidade biológica) predadores, parasitóides, patógenos . Mas precisamos proteger a biodiversidade, assegurar alimentos sem contaminações, melhorar a qualidade da água, substituir inseticidas obsoletos , aumentar o lucro do agricultor pensando no ecossistema agrário estimando os riscos , escolhendo os meios de proteção
                                •   sofia 2019-04-25 0 0
                                  Boa tarde, Gostei deste artigo é bastante esclarecedor. NEA (nível económico de ataque) representa a intensidade com que uma praga invade uma determinada cultura. Perante esta situação temos de aplicar medidas de combate para impedir que a cultura dê prejuízo superior aquele que vamos gastar para combater a praga. Os passos que devemos ter em conta são, a prevenção da cultura; depois devemos observar/acompanhar a cultura e depois devemos intervir.
                                  •   Filipe Tavares 2019-01-13 0 0
                                    NEA - Nível economico de ataque ou seja é um indicador ao produtor de que deve efectuar certos medidas de prevenção a sua cultura em causa . É definido a partir de uma certa densidade de ataque e deve-se ter em conta se provoca diferença entre valor da colheita e o custo do tratamento de controle , é bastante sensível as condições ambientais e as praticas agronómicas e aos custos de produção e por sua vez aos mercados . Para tentar minimizar este problema deve-se apostar numa boa prevenção utilizando diferentes técnicas como exemplo a rotação de culturas ou mesmo métodos espaciais em sequência ou não , um maior controle das plantas e sementes . Deve-se também ser um bom observador porque quanto mais informação conseguir-mos obter sobre a nossa cultura melhor sera a nossa gestão do que aplicar e quando , não esquecendo também os nossos inimigos naturais que podem nos ser úteis na não utilização de químicos . Por ultimo de-se intervir se necessário com o objectivo de reduzir NEA com ajuda de vários meios possíveis como exemplo os biológicos , químicos , fisico , culturais ou mesmo genéticos
                                    • Faça login para poder comentar.