publicado a: 2015-09-18

Análise semanal dos mercados - 14 a 18 setembro

14 setembro

O famoso relatório mensal do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA), que neste mês saiu dia 11, muito poucas novidades apresentou ao mercado.

Assim, os mercados europeus pouco evoluíram, com o trigo a continuar a sofrer com a boa produção europeia e a falta de competitividade face às origens do Mar Negro.

No mercado americano subida do preço do milho, uma vez que o relatório da USDA reviu em baixa a produção daquele cereal, tanto nos Estados Unidos, como a nível mundial, enquanto que a soja ficou muito estável. O trigo teve também ligeira subida, arrastado pela alta no preço do milho.

O relatório foi desfavorável para a evolução do preço da soja, uma vez que previu um aumento de produção nos Estados Unidos, mas estes preços baixos têm motivado os compradores a avançarem.

No mercado do Mar Negro, de referir que o relatório da USDA aponta para uma produção de milho na Ucrânia semelhante à do ano passado, enquanto que todas as previsões locais apontavam para uma descida, devido aos fortes calores que se fizeram sentir este Verão.


15 setembro

Ligeira recuperação de preços depois do relatório do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA), que reviu em baixa os stocks mundiais de cereais. O aumento registado foi de 2 a 3 euros por tonelada, no entanto, o mercado está longe de estar estabilizado.

Começou a colheita do milho em França e as produtividades por hectare mostram uma baixa já esperada em relação ao ano passado.

No mercado americano os preços dos cereais subiram, com os fundos de investimento a voltar aos mercados.

A soja registou uma subida considerável, apesar dos preços ainda não atingirem os 9 dólares por bushel. Os grandes investidores voltaram ao mercado, baseados nos dados do relatório da USDA, que apontava para uma baixa de stocks, fruto de um forte movimento à exportação.

No mercado do Mar Negro de registar a diminuição das exportações russas de trigo, uma vez que existe uma certa indefinição sobre o montante das taxas à exportação a aplicar aos futuros carregamentos.


16 setembro

Situação muito calma nos mercados europeus depois da subida do início da semana. A tendência neste momento é de recuar e anular os ganhos de segunda-feira.

Nos mercados americanos os investidores que tinham voltado esta semana ao mercado inverteram um pouco a sua posição e os fundos de investimento estiveram vendedores de 7.000 lotes de milho e 4.000 lotes de trigo e compradores de 6.000 lotes de soja.

Assim, o preço dos cereais desceu, apesar de este valor ser inferior às subidas de segunda-feira, a soja esteve estável com uma ligeira recuperação.

No mercado do Mar Negro as condições climatéricas estão a percutir um rápido avanço das sementeiras das culturas de Inverno, sobretudo da colza.

No caso da colza e uma vez que os preços da passada campanha foram baixos, os produtores estão a reduzir o mais que podem os factores de produção para evitar maiores riscos. Assim sendo, não se pode antever uma boa produção de colza este ano na Ucrânia.


18 setembro

Ligeira baixa do preço dos cereais nos mercados europeus, devido sobretudo á valorização do euro face ao dólar, o que tira competitividade às nossas exportações.

Bruxelas passou esta semana certificados à exportação para 525.000 t de trigo e para 453.000 t de cevada. Como podemos constatar o volume de exportações de trigo é inferior ao ano passado, enquanto que da cevada é superior.

No mercado americano ligeira descida de todos os produtos motivado sobretudo pela posição dos fundos que estiveram vendedores de 8.000 lotes de milho, 3.000 lotes de trigo e de 1.500 lotes de soja.

No mercado do Mar Negro de registar as boas condições atmosféricas que estão a permitir um rápido avanço das sementeiras.


Fonte: Agroinfo


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