publicado a: 2014-10-29

Milho: Soluções integradas da semente ao silo

O Centro de Experimentação Syngenta em Santo Tirso abriu portas, a 2 de Outubro, para mostrar a performance das variedades Syngenta no segmento do milho para silagem. Os três híbridos em ensaio – Hydro, Sincero e Verdemax – tiveram uma boa prestação, com produtividades superiores às de 2013. A Syngenta convidou as empresas parceiras neste ensaio a falar sobre boas práticas de pulverização, de adubação e de ensilagem, apresentando uma visão global sobre a cultura do milho, da semente até ao silo. 

O dia de campo realizado no Centro Experimentação Syngenta, na Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento (EPACSB), em Santo Tirso, decorreu à volta de 5 estações temáticas - programa de fertilização; variedades de milho Syngenta; aplicação de herbicidas; herbicida Lumax e nutrição animal. Tratou-se de divulgar um conjunto de tecnologias que permitem ao agricultor/produtor de leite melhorar a produtividade e qualidade dos seus campos de milho, garantindo-lhe simultaneamente um silo de qualidade. 


Programa de fertilização 

As duas modalidades de adubação em ensaio, com adubos de fabrico Yara, estavam visivelmente muito parecidas, com plantas saudáveis e sem quaisquer sintomas de carências. «Ambas as modalidades produziram bastante bem, com ligeira vantagem para a parcela nº 2, onde foi aplicado o Actyva 20-7-10 + adubação foliar. Estes resultados mais elevados verificaram-se mesmo nas variedades de ciclo 600 (ciclos largos). Trata-se de um produto que entra no segmento dos adubos de libertação controlada, sem qualquer tipo de restrições, pela experiência obtida», explica Gonçalves Pereira, técnico comercial da Cadubal, empresa representante da marca Yara em Portugal.

A Cadubal deixou alguns alertas sobre um bom plano de fertilização na cultura do milho: realizar análises de terra (de modo a proceder às devidas correções e fazer um plano de fertilização adequado e o mais rentável possível); aplicar um adubo foliar (rico em fósforo) na primeira fase de desenvolvimento do milho (de modo a estimular o crescimento das raízes, sobretudo em anos de baixas temperaturas e muito chuvosos); fazer uma análise foliar na altura do espigamento (barbas verdes) para avaliar os níveis dos nutrientes dentro da planta e corrigir as carências no ano seguinte.

Sobre a parceria estabelecida com a Syngenta, a Cadubal considera que «após a sementeira e durante o decorrer do ciclo cultural do milho, foram feitas várias palestras técnicas e visitas aos ensaios com distribuidores, revendedores, técnicos e agricultores que mostraram grande recetividade no que ali se demonstrou. Trata-se de um Centro Experimental com grande visibilidade e impacto para a região da bacia lei- teira» e manifesta interesse em continuar com esta parceria, pela maior aproximação e troca de conhecimentos com as empresas, Escolas Profissionais, Universidades e o mundo empresarial agrícola. 


Variedades: Hydro, Sincero e Verdemax

As variedades em ensaio - Hydro, Sincero e Verdemax – tiveram uma boa prestação, comprovada pela produtividade conseguida (superior à de 2013, no mesmo ensaio) e pelos bons teores de matéria seca, de amido e de NDF (Fibra Neutro Detergente). A sementeira mais precoce favoreceu os ciclos mais longos.

A boa performance das variedades com tecnologia Artesian, conseguida em inúmeros ensaios realizados a nível europeu, comprova-se agora também em Portugal com o Hydro. «Ape- sar de o ano não ter sido favorável para que pudéssemos constatar em campo a mais-valia de uma maior tolerância do Hydro ao stress hídrico, o rendimento em grão (número de grãos e seu peso) e em matéria verde, assim como um porte ideal para silagem, não nos deixam dúvidas sobre o potencial da variedade. Quer agricultores, quer técnicos ficaram agra- dados com o que viram», explica Pedro Martins, do Departa- mento Técnico da Syngenta para o Entre Douro e Minho, Beira Litoral, Açores e Galiza. 


Boas práticas na aplicação de herbicidas

A eficácia dos herbicidas é maximizada quando se seguem as boas práticas, o que ajuda o agricultor a produzir mais e melhor. A empresa Pulverizadores Rocha aconselhou os intervenientes sobre as boas práticas na aplicação de herbicidas, nomeadamente, o respeito pelos volumes e doses, os procedimentos e técnicas para evitar a deriva das gotas para outras culturas e a segurança na aplicação.

«Salientamos a importância deste evento na difusão das novas tecnologias e soluções integradas com o objetivo de potenciar a produção das lavouras de milho na região leiteira. Foi uma oportunidade fundamental para ouvir os agri- cultores e oferecer tudo o que as empresas participantes nesta parceria têm de melhor. O Centro de Experimentação Syngenta é uma iniciativa extremamente louvável no que toca ao apoio técnico e à criação de infraestruturas na Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento, privilegiando simultaneamente o contacto com agricultores e técnicos», afirma Zeferino Sousa, Supervisor de Vendas da Pulverizadores Rocha. 


Produzir mais e melhor com Lumax

As infestantes são um dos principais problemas para a cultura do milho, não só pela sua capacidade de concorrência, mas também pela dificuldade do seu controlo. «A Syngenta defende um posicionamento dos herbicidas com aplicação desde a sementeira até à pós-emergência precoce, como base para o controlo das infestantes no milho. O controlo na pré-emergência permite ao milho germinar sem sofrer a concorrência das infestantes, salvaguardando o potencial máximo de produção da colheita. A melhor solução para o controlo de infestantes em pré-emergência é o herbicida Lumax, como se comprovou pelos bons resultados obtidos neste campo de ensaio no controlo de infestantes clássicas do milho, tanto mono como dicotiledóneas», afirmou Mário Casimiro, gestor de campanhas da Syngenta Portugal, que liderou a estação sobre o herbicida Lumax. 


A qualidade do silo começa na semente

A Lallemand Animal Nutrition explicou que a obtenção de silagens de elevada qualidade e com “zero desperdícios” é possível mediante a aplicação de boas práticas de ensilagem, como sejam a escolha da melhor época de colheita, a correta compactação, processamento do grão e comprimento de corte da forragem homogéneo. Mas antes de tudo isto é fundamental usar sementes de boa qualidade. «Ao analisarmos nutricionalmente e em termos de perfis fer- mentativos, verificamos a elevada qualidade nutricional dos híbridos Syngenta, principalmente no que respeita à elevada percentagem de amido, e como tal, menor concentração de fibra, o que favorece a qualidade final da silagem de milho», reconhece Luís Queirós, Forage Additives Technical Support Manager na Lallemand Animal Nutrition.

A aplicação de inoculantes ao silo, através da produção de agentes anti fúngicos, como o Ácido Acético e Propiónico, permite menores perdas de matéria seca, maior estabilidade aeróbica e maior preservação de nutrientes da silagem. Os ensaios efetuados pela Lallemand, na EPACSB, na cam- panha de 2013, comprovaram que o inoculante Lallemand LalSil Fresh tem a capacidade de recuperar em média mais 6,5% de matéria seca, quando comparado com a silagem controlo (sem inoculante).

Luís Queirós realça as mais-valias criadas ao agricultor neste centro de experimentação: «A Syngenta tem adoptado nos dias de campo em que a Lallemand tem participado uma abordagem global, que fecha o círculo à volta do ponto fundamental, que é a cultura do milho. A abordagem torna-se tão completa que chega ao consumidor final, neste caso o animal, pois foca também aspetos importantíssimos na área da nutrição animal, que se prendem com fatores pós-colheita, e que influenciam dramaticamente a qualidade final do produto silagem de milho. As mais-valias criadas ao agricultor neste centro de experimentação são inúmeras, e raramente vistas, diria até nunca vistas, em outra situação que não esta. Algo que também considero muito importante é a forte preocupação ambiental da Syngenta, o que a torna numa empresa à frente da concorrência». 


Formar hoje os agricultores de amanhã

A escolha dos locais onde estão instalados os Centros de Experimentação Syngenta em Portugal partiu de uma premissa fundamental para a Syngenta - gerar e partilhar conhecimento. No Centro instalado em Santo Tirso, em funcionamento há cerca de ano e meio, as mais-valias são já reconhecidas pela EPACSB: «A abordagem integral sobre o manejo do milho oferece uma visão de conjunto que im- porta, cada vez mais, explorar junto de empresários do sector. A Syngenta está na vanguarda nestas metodologias e também por isso, muito nos honra a parceria estabelecida», testemunha Carlos Frutuosa, Diretor da EPACSB. No caso do dia de campo de milho, descreve o que observou antes da colheita: «o campo experimental exibia plantas de excelente porte, as ervas infestantes estavam perfeitamente controladas, assim como as pragas. As espigas de milho apresentavam uma aparente uniformidade, o que sugere uma produtividade elevada».

Os dias de campo realizados no Cento de Experimentação Syngenta servem de base ao enriquecimento curricular dos alunos que se mostram cada vez mais participativos. «O tratamento que é dado aos conteúdos fornecidos pelos técnicos em plena sessão de campo, é desenvolvido em contexto de sala de aula, enriquecendo e auxiliando o programa curricular, dando a excelente oportunidade de constatar “in loco” com resultados concretos e observáveis», explica Carlos Frutuosa.

Maria do Carmo Pereira, Customer Marketing Lead para Portugal, Centro e Norte de Espanha, resume o propósito dos Centros de Experimentação Syngenta: «Oferta é claramente o que desenvolvemos para pôr à disposição do agricultor, mas não basta dizer que está disponível, é necessário antecipar o contacto do agricultor com as nossas soluções. É esse o papel dos Centros de Experimentação, mostrar ao mercado o que vamos lançar dentro de 1 ou 2 anos, à escala do agricultor e não à escala de laboratório. São locais onde podemos receber todos os intervenientes da cadeia, desde o agricultor à distribuição, e mostrar in loco as nossas soluções». 

Fonte: Syngenta

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