publicado a: 2016-11-18

Syngenta reforça portfólio de soluções Pós-Colheita

Maria do Carmo Pereira (Syngenta)

A Syngenta está a realizar um investimento importante no reforço do seu portfólio com novas soluções fungicidas para controlo das doenças de conservação em fruta e legumes.

Maria do Carmo Pereira, responsável de fungicidas da Syngenta para a Península Ibérica, apresentou a estratégia integrada com Fludioxonil no âmbito do IX Simpósio Ibérico de Maturação e Pós-Colheita, que decorreu de 2 a 4 Novembro, no ISEG, em Lisboa.

«O nosso portfólio de fungicidas é clássico, tem 15 a 20 anos de mercado, com moléculas de excelente eficácia e produtos renovados com novas formulações, mas chegou o momento de apresentar novas alternativas. Os agricultores precisam de soluções eficazes em que possam confiar para produzir e entregar fruta e legumes de qualidade, com baixos níveis de resíduos, em mercados de exportação longínquos», afirmou Maria do Carmo Pereira.

A Syngenta lançou este ano no mercado português um fungicida composto exclusivamente por Fludioxonil - o Geoxe indicado para tratamento dos frutos antes da colheita, visando protegê-los da primeira infeção que pode ocorrer no campo. Por ser a única s.a. desta família em comercialização, existem menores riscos de resistências dos fungos a este novo fungicida.

O Geoxe está homologado para controlo das podridões de conservação em pera e maçã (causadas por Gloesporium spp. e Penicillium expansum), ameixeira, cerejeira e damasqueiro e para controlo da podridão cinzenta (Botrytis cinerea) em uva-de-mesa e uva para vinificação.

A eficácia do Geoxe foi comprovada em 28 ensaios realizados em Portugal e Espanha, em colaboração com organizações de produtores e institutos públicos de investigação e experimentação.

A Syngenta recomenda uma gestão integrada das doenças de conservação com base no Fludioxonil, posicionada no campo, com aplicação de Geoxe 3 e 10 dias antes da colheita da fruta, e nas centrais fruteiras, com aplicação de Scholar em pós-colheita. O Geoxe reduz o inóculo que chega à câmara, enquanto o Scholar protege eficazmente contra o desenvolvimento de doenças que podem entrar através de feridas e golpes após a colheita, reforçando os tratamentos anteriores à base de Fludioxonil.

«É fundamental integrar soluções de campo com soluções pós-colheita, pois muitas vezes os problemas da conservação da fruta surgem de infeções fúngicas latentes com inóculo provindo do campo, não se resumem ao que ocorre nas câmaras de frio», explicou Valentin Torregano, responsável da Tecnidex, que participou na Mesa Redonda sobre Novas Tecnologias de Conservação da Fruta no Simpósio. A Tecnidex é a empresa que comercializa o Scholar.

Por seu turno, Maria do Carmo Pereira revelou que nos próximos anos a estratégia da Syngenta estará focada em soluções com base numa única substância ativa de amplo espectro de ação, que atue no controlo de diversas doenças de conservação e em várias culturas. «O Fludioxonil vai estar no centro da nossa estratégia de soluções fungicidas, nos próximos 2 a 3 anos, e a médio prazo lançaremos alguns blockbusters, um deles com base numa nova substância ativa que abrangerá o mercado das doenças pós-colheita».

O IX Simpósio Ibérico de Maturação e Pós-Colheita reuniu mais de 100 investigadores, técnicos das centrais fruteiras e responsáveis das cadeias de grande distribuição alimentar, num debate em torno da melhoria da qualidade pós-colheita das frutas e legumes. O evento foi coorganizado pela Associação Portuguesa de Horticultura (APH) e pela Sociedade Espanhola de Ciências Hortícolas (SECH).

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