publicado a: 2014-09-19

Pedrado da Macieira

As condições meteorológicas dos últimos dias são favoráveis à ocorrência de infeções de pedrado da macieira, em variedades tardias.

Se for o seu caso, pesquise pelos fitofarmacêuticos indicados para a combater. Entre em app.agrozapp.pt, faça o login ou registe-se e digite "pedrado macieira" no campo de pesquisa do separador Fitofarmacêuticos.


Pode ainda pesquisar por produtos autorizado em modo de produção biológico, digitando "macieira" no campo de pesquisa do separador Biológicos. Pode filtrar a sua pesquisa selecionado, para este caso, "fungo" nos critérios de pesquisa (à direita).


Mais sobre o Pedrado das Pomóideas

O pedrado das pomóideas é uma doença de presença constante em todos os pomares do país. Existem anos nos quais, na ausência de medidas de protecção, todos os frutos seriam infectados.

É da conjugação temporal da presença de água sobre as plantas e da temperatura ideal que surjem as condições propícias ao aparecimento do pedrado em cada Primavera.

A infecção do pedrado é condicionada pelo estado de desenvolvimento das árvores , pelo seu estado nutritivo, pelo nível de inóculo do ano anterior e pelo clima (chuva ou orvalho e temperatura). Apesar de ser nos anos com Invernos chuvosos e frios que o nível de inóculo, na Primavera é máximo, é nas Primaveras chuvosas e quentes que o nível de infecção das plantas é mais elevado. Um nível muito elevado de azoto nas plantas potencia o problema enquanto que um bom nível de cálcio o atrasa. Os frutos e as folhas jovens são os mais afectados.

Nas fruteiras, cada espécie de pedrado apresenta a sua especificidade cultural. As macieiras são infectadas pela espécie Venturia inaequalis, enquanto que as pereiras são infectadas pela espécieVenturia pirina.

Os pedrados são as doenças mais importantes das pomóideas em todo o mundo, sendo responsáveis por quebras acentuadas de produtividade dos pomares, com acréscimos de custo de selecção nas centrais fruteiras.

O período de maior susceptibilidade inicia-se quando os corimbos das flores se tornam visíveis e termina quando os frutos atingem o seu desenvolvimento máximo, normalmente a fase de colheita. As plantas são particularmente susceptíveis durante a floração e no vingamento dos frutos. Se durante a floração existir chuva, o fungo infecta os frutos. Estas primeiras infecções são denominadas primárias e são muito importantes para o desenvolvimento futuro da doença.

Quando o nível de infecções primárias é muito elevado é muito difícil controlar a doença durante o resto do ciclo cultural, pelo que os prejuízos serão avultados.

Na presença de água os ascósporos (esporos primários) são libertados para a atmosfera, pelas folhas mortas do ano anterior. Na atmosfera os esporos espalham-se pelas plantas, favorecidos pela acção do vento, atingindo folhas e frutos. Quando chove, os ascósporos germinam e penetram nos tecidos vegetais. Os sintomas são visíveis 12 a 15 dias após a infecção. As temperaturas compreendidas entre 17°C e 22°C, conjugadas com chuva, são as mais favoráveis à progressão e infecção destes fungos. O período mínimo de água sobre as plantas terá de ser superior a 10 horas para que a infecção se produza.

Os sintomas da infecção dos pedrados são manchas de cor negra, circulares, sobre folhas e frutos e, mais raramente sobre os ramos (somente no caso da pereira).

As manchas aparecem com contorno difuso e muito ténues ao início, tornando-se bem definidas nos dias seguintes ao seu aparecimento, podendo causar fendas nos frutos, durante o seu crescimento.

Fonte: Syngenta


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