publicado a: 2022-02-16

Os afídeos na cultura dos citrinos

Colónia de A. spiraecola a provocar deformações num jovem rebento

Esta é uma fase em que este inimigo começa a proliferar nos nossos pomares de citrinos.

Existem numerosas espécies desta praga no entanto podemos dizer que apenas quatro delas têm interesse nesta cultura: Toxoptera citricida (Kirkaldi), Toxoptera aurantii (Boyer de Fonscolombe), Aphis spiraecola (Patch) e Aphis gossypii (Glover).

Com condições favoráveis os afídeos têm um período de desenvolvimento muito rápido e um também breve período reprodutivo.

Este inimigo dispersa-se facilmente pois alguns dos elementos possuem asas (alados). Os que não as possuem podem também eles ser dispersados pelo vento.

Encontra-se essencialmente em rebentos tenros em desenvolvimento, no entanto as suas colónias podem também ocupar flores e pequenos frutos.

Podem causar dois tipos de danos: os diretos e os indiretos. Os primeiros associados a deformações (fotografia) que causam nos jovens rebentos e pela segregação de meladas que afetam a planta. Os segundos são danos causados pela possibilidade de transmissão de algumas doenças (ex. CTV).

O controlo deste inimigo pode ser efetuado com uma das substâncias ativas indicadas nas listas dos Serviços Oficiais, devendo a atuação contra este inimigo ser sempre feita numa fase inicial do desenvolvimento das colónias. De notar ainda que este inimigo desenvolve muito facilmente resistências aos produtos fitofarmacêuticos.

Existem ainda alguns inimigos naturais desta praga que devem ser preservados (em determinadas alturas é possível verificarmos em campo elevados níveis de parasitismo) para que possamos ter um controlo mais eficaz desta praga.

Carlos Rodrigues




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