“O castanheiro, espécie da qual dependem economicamente muitas famílias da Terra Fria Transmontana e das terras altas da Beira Interior, é uma árvore assolada por doenças difíceis de controlar, sobretudo a tinta ou o cancro, que causam prejuízos avultados aos produtores”, afirma Luis Martins, docente e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
As anormais condições meteorológicas que se fizeram sentir durante todo o ciclo cultural do castanheiro, provocaram fortes ataques deste fungo nos castanheiros da região, originando uma intensa e prematura queda das folhas e aborto dos frutos.
Em 2015, os frutos secos ocupavam, em Portugal, uma superfície de 69.407 ha, dos quais 51.700 ha na região de Trás-os-Montes, ou seja, cerca de 75% da área.
O Município de Oleiros, em parceria com a Associação Portuguesa da Castanha (RefCast), e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) realizou na passada semana várias ações de combate à vespa das galhas do castanheiro em várias freguesias
Após um trabalho científico de vários anos, um grupo de investigadores da UTAD conseguiu os resultados positivos necessários para colocar, finalmente, nos circuitos comerciais um clone de castanheiro imune à famigerada “Doença da Tinta”