24 horas agricultura

Faro
De: 2019-04-06
até: 2019-04-07

A 4.ª edição das 24 HORAS DE AGRICULTURA Syngenta®, organizada sob orientação científica e pedagógica da Associação Portuguesa de Horticultura (APH), decorre em Faro, nos dias 6 e 7 de Abril de 2019, mais concretamente no campus de Gambelas, da Universidade do Algarve.

Com o mote “Agricultura Circular”, esta edição propõe aos futuros agrónomos desenvolver provas que visam:

  • Aumentar o conhecimento teórico sobre os princípios da Agricultura Circular;
  • Contribuir para o contacto direto dos estudantes com projetos/empresas que colocam em prática a circularidade da economia aplicada à Agricultura;
  • Incentivar o desenvolvimento de modelos de negócio de Economia Circular aplicada à Agricultura.
As 24 HORAS DE AGRICULTURA Syngenta® são um evento formativo e competitivo que simula situações técnico-científicas na área da Agricultura, desafiando as equipas participantes a encontrar soluções em mercados simulados, bem como respostas a necessidades agronómicas. Estima-se participação de 150 concorrentes, distribuídos por 30 equipas.

As 24 HORAS DE AGRICULTURA Syngenta® têm um forte carácter formativo, simulando situações do quotidiano da profissão agronómica, com vista a pôr à prova aptidões técnicas, organizativas e colaboracionais dos concorrentes, a quem será exigida destreza intelectual e física para superar uma bateria de provas durante um período contínuo de 24 horas.

As 24 HORAS DE AGRICULTURA Syngenta® são o evento da Associação Portuguesa de Horticultura (APH), para demonstrar as competências exigidas aos profissionais no mundo moderno. Esta competição formativa é destinada a alunos do ensino superior agrário de Portugal e Espanha, com vista a porem à prova os seus conhecimentos, atitudes e competências, ajudando-os na transição para a vida profissional.



São parceiros da APH na organização do evento a IAAS Portugal- Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e Ciências Relacionadas e a SFORI, empresa de formação experiencial.

TEMA
A Comissão Europeia adotou, em Dezembro de 2015, um Plano de Ação para a Economia Circular, visando estimular a transição da Europa para uma economia circular, que reforçará a competitividade a nível mundial, promoverá o crescimento económico sustentável e criará novos postos de trabalho.
O Governo de Portugal apresentou, em Junho de 2018, o Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC), alinhado com as políticas europeias.

O sistema agroalimentar é central na transição da Economia Linear para a Economia Circular. Por definição, um sistema agroalimentar circular é um sistema com “zero desperdício”. Todos os produtos e subprodutos da exploração agrícola são aproveitados para consumo ou como matéria-prima para outras utilizações. Significa que é necessário converter os resíduos e matérias residuais em “recursos”, ligando o final de um processo ao início do outro, criando um circuito de retorno. Os recursos são mantidos o mais tempo possível no sistema produtivo, de modo a serem reutilizados várias vezes.
A Agricultura Circular não abdica de uma agricultura intensiva e produtiva, mas visa a poupança dos recursos naturais e da energia, através da sua utilização eficiente, reduzindo o mais possível a pressão sobre o ambiente, a natureza e o clima:

  • a terra arável deve ser usada sobretudo para a produção de alimentação humana, numa lógica de rotação de culturas e de ocupação permanente do solo;
  • as plantas são encaradas com um duplo propósito: primeiramente como fonte de alimento e os seus resíduos (folhas, palha, caules, etc) usados para alimentação animal e/ou transformados em biofertilizantes;
  • as pastagens são relegadas para terrenos marginais onde não é possível produzir alimentos;
  • a alimentação animal é suplementada com outras fontes - concentrados proteicos obtidos por bio-conversão de restos de alimentos usando insetos e larvas; algas marinhas, etc.;

A saúde dos solos é um dos pilares da Agricultura Circular. Solos férteis, ricos em matéria orgânica, são determinantes para a produtividade das culturas, garantem que os nutrientes e a água são retidos e, em última análise, são uma forma natural de absorver CO2 e outros gases com efeito de estufa.

Do ponto de vista da saúde das plantas e dos animais é defendida uma abordagem integrada na Agricultura Circular que começa com a seleção de raças e variedades mais resilientes a doenças e pragas e aos efeitos das alterações climáticas. A resiliência das plantas é incrementada através de meios de luta biológica e do estabelecimento de margens multifuncionais nas parcelas agrícolas.

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