publicado a: 2014-08-12

Comissão toma medidas excepcionais de apoio ao setor das frutas e legumes

Os países mais atingidos por esta crise são a Itália, a Espanha, a França e a Grécia.

Apesar de estarmos em período de férias, a situação do mercado das frutas e legumes, sobretudo no que diz respeito ao pêssego e nectarinas, é de tal maneira grave, que levou o Comissário Ciolos a deslocar-se a Bruxelas e a anunciar medidas excepcionais de apoio ao mercado e, também, à organização de um comité de gestão especial para a próxima quinta-feira, para discutir o assunto.

A situação do mercado das frutas e legumes já vinha sendo muito problemática, com pedido de intervenção por parte do COPA-COGECA, uma vez que as condições climatéricas proporcionaram uma grande colheita, mas também tiveram um efeito negativo, ao concentrar as diferentes variedades de pêssegos e nectarinas praticamente todas na mesma altura, afogando o mercado com um produto perecível e de muito difícil conservação.

Para ajudar a toda esta situação, a Rússia, conforme noticiámos, declarou o embargo às frutas e legumes europeus, sendo que a Rússia absorvia 10% das nossas exportações, o que veio piorar fortemente a situação interna na UE.

Assim, o Comissário Ciolos anunciou já medidas excepcionais de suporte do mercado, apoiando financeiramente as organizações de produtores (OPs), no sentido de poderem intervir no mercado, retirando 10% do produto, proporcionando, assim, uma descida da oferta.

A título excepcional, também os produtores que não são membros de OPs podem receber apoio para operações semelhantes, sendo que o montante é reduzido a 50%.

Foi, também, anunciada a atribuição de fundo extra para a promoção de frutas e legumes europeus, no sentido da conquista de novos mercados internacionais.

Devido à altura do ano em que nos encontramos, estas decisões só poderão ser tomadas formalmente daqui a algumas semanas, mas o Comissário Ciolos prometeu que teriam efeito retroactivo à data de hoje, 11 de Agosto.

Referindo-se ao embargo russo, o Comissário afirmou que estava atento à evolução do mercado de todos os produtos atingidos e disponível para tomar medidas imediatas, se estas se impusessem.

Os países mais atingidos por esta crise são a Itália, a Espanha, a França e a Grécia.

Fonte: Agroinfo

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