Análise dos mercados - 1 agosto

Nova baixa de preços nos mercados europeus, sobretudo ao nível do trigo panificável, pois devido à fraca qualidade do trigo no norte da Europa e concretamente em França, os operadores estão muito mais concentrados noutros mercados.

O International Grains Council (IGC) publicou ontem as suas previsões mundiais, que mostram um claro aumento na disponibilidade de cereais para a campanha 2014/2015.

A maior variação é no milho, onde a produção mundial deve subir de 6 milhões de toneladas para atingir as 969 milhões de toneladas, sendo que os stocks de fim de campanha podem vir a situar-se nos 187 milhões de toneladas.

Bruxelas emitiu esta semana certificados de exportação para 539.269 toneladas de trigo e 117.641 toneladas de cevada.

No mercado americano temos a registar uma estabilização no preço do trigo e uma ligeira descida do milho, devido, sobretudo à publicação das previsões de produção por parte do IGC.

A soja teve uma ligeira subida, suportada pelo alto volume de exportações, sobretudo para a China.

O Departamento Agrícola dos Estados Unidos publicou os números das exportações da última semana, o que incluindo a velha campanha e os contractos para a nova campanha, atingiu um volume de 1,456 milhões de toneladas, enquanto que as previsões dos analistas não iam além das 1,1 milhões de toneladas.

Depois deste anúncio a soja teve uma tendência forte de aumento de preço, que no entanto foi bastante limitada com o anúncio de chuvas para este fim-de-semana, o que vem reforçar as previsões de uma colheita excepcional nos Estados Unidos.

No mercado do Mar Negro, destaque para as previsões de produção na Ucrânia, com as autoridades de Kiev a anunciar que a produção de cereais este ano deve situar-se nas 58,2 milhões de toneladas, contra as 63 milhões de toneladas do ano passado (neste valor já não entra a Crimeia, que foi anexada pela Rússia).

As exportações para este ano estão previstas serem de 2,5 milhões de toneladas de cevada, 8,5 milhões de toneladas de trigo e 20,65 milhões de toneladas de milho, o que vai reforçar o papel da Ucrânia como grande exportador mundial de cereais.