publicado a: 2015-10-09

Análise semanal dos mercados - 5 a 9 outubro

5 outubro

A semana terminou com a consolidação dos preços dos cereais nos mercados europeus. O euro também se manteve muito estável face ao dólar.

Continua a bom ritmo a colheita do milho na Europa, com rendimentos baixos em França.

As condições secas no norte da Europa estão a permitir um rápido avanço das sementeiras de Inverno.

Poucas variações de preços no mercado americano, com uma ligeira subida do milho e descida do trigo, devido a correcções técnicas.

A soja também esteve estável em Chicago, mas registou uma subida no Brasil, devido ao câmbio dólar/real.

No mercado do Mar Negro de registar que a descida das taxas à exportação na Rússia levou a um aumento das exportações.


6 outubro

Situação muito calma nos mercados europeus, com uma consolidação dos preços devido, sobretudo, ao optimismo dos operadores nos mercados financeiros.

As sementeiras de Inverno continuam em bom ritmo, assim como a colheita do milho.

Sessão também com poucas variações ao nível dos preços dos cereais no mercado americano.

Em relação à soja registou-se uma subida de preços devido, sobretudo, à exportação e também à retenção do produto por parte dos produtores. Na semana que terminou a 1 de Outubro, foram carregados nos portos americanos 1.122.669 toneladas, o que contrasta com a semana anterior, onde esse número foi de 541.470 toneladas.

Nada de relevante a registar no mercado do Mar Negro.


7 outubro

Subida de preços dos cereais nos mercados europeus, com a tomada de posição de vários operadores que consideram que o preço das Commodities está muito baixo.

Também em termos de economia mundial assiste-se a uma estabilização dos mercados asiáticos.

Movimento também de alta no mercado americano, com os fundos a estarem compradores de 9.000 lotes de milho, 4.000 lotes de soja e 5.000 lotes de trigo.

Subida da soja em Chicago, sobretudo, devido à desvalorização do dólar face ao real. Assim, os preços no Brasil em moeda local acabaram por descer.

Entretanto, os operadores estão à espera do boletim mensal do Departamento Agrícola dos Estados Unidos, que será publicado dia 9 de Outubro. Ninguém espera grandes novidades neste boletim, mas não deixa de ser muito importante na formação dos preços.

No mercado do Mar Negro de registar o forte avanço das sementeiras de Inverno na Rússia e na Ucrânia.


8 outubro

Ligeira descida de preços dos cereais nos mercados europeus, com os operadores a aproveitarem para tomarem posições antes do relatório do Departamento Agrícola dos Estados Unidos de amanhã.

No mercado americano descida do preço do milho e do trigo, com os investidores a realizarem mais-valias. Assim, os fundos estiveram vendedores de 6.000 lotes de milho, 5.000 lotes de trigo e compradores de 5.000 lotes de soja. Esta posição dos fundos na soja fez com que os preços ficassem estáveis.

No mercado do Mar Negro são as condições climatéricas, com um tempo muito seco, que começam a levantar preocupações. Numa altura em que as sementeiras decorrem a bom ritmo, as preocupações são ao nível da falta de humidade no solo.


9 outubro

Muito pouca evolução dos mercados na Europa, pois todos os operadores estão concentrados no relatório mensal do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA), que vai sair hoje, às 17 horas de Lisboa.

Esta semana Bruxelas emitiu certificados à exportação para 602.000 toneladas de trigo, o que eleva o total desta campanha para 5,8 milhões de toneladas, contra as 7,5 milhões do ano passado.

Os certificados à exportação para a cevada foram de 203.000 toneladas, o que eleva o montante anual a 3,7 milhões de toneladas, contra as 2,5 milhões de toneladas do ano passado.

Descida de preços de todos os produtos no mercado americano, com os fundos a aproveitar para a realização de mais-valias antes do relatório da USDA.

Os fundos estiveram vendedores de 6.000 lotes de milho, 8.000 lotes de soja e 4.000 lotes de trigo.

No mercado do Mar Negro o facto mais relevante é o protocolo de acordo dos comerciantes, visando definir as quantidades máximas que vão exportar.

Na primeira versão do documento estão previstos os seguintes montantes:

a) Trigo 16,5 milhões de toneladas;

b) Milho 16 milhões de toneladas;

c) Cevada 3,8 milhões de toneladas.


Fonte: Agroinfo

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