publicado a: 2016-04-04

Comer carne sem comer animais. Mais um passo dado pela ciência

Imagem: www.memphismeats.com

Um grupo de investigadores dos Estados Unidos está a criar uma carne que "é sustentável e livre de crueldade".

Que a alimentação está na moda, não restam dúvidas. Mas não é apenas nas redes sociais que a comida ganha destaque: a ciência tem-se focado, cada vez mais, naquilo que se come e naquilo que se pode vir a comer daqui a uns anos.

Depois de um estudo da Universidade de Oxford ter revelado que o vegetarianismo pode salvar oito milhões de vidas humanas até 2050, mais umas quantas vidas animais e ainda uma outras economias mundiais e ainda o ambiente, uma equipa de investigadores dos Estados Unidos cria um tipo de carne artificial que promete fazer as delícias de quem gosta desta proteína, mas que não quer produzir os efeitos colaterais na vida dos animais.

Comer carne sem matar animais é o mote dos investigadores liderados por Uma Valeti, que criou um tipo de carne oriundo de células estaminais (recolhidas entre os nove e os 21 dias), às quais são adicionados nutrientes e oxigénio.

Embora sejam necessários mais estudos para comprovar a eficácia desta criação, os investigadores norte-americanos defendem que este tipo de carne não-animal não irá ter qualquer tipo de impacto nocivo na saúde humana, podendo mesmo prevenir as pessoas de doenças causadas pelas bactérias e gorduras saturadas presentes na carne, lê-se no Huffington Post.

Uma Valeti – professor associado de Medicina na Universidade de Minnesota e fundador da Memphis Meats – defende que a carne criada “é sustentável e livre de crueldade”, podendo ser também uma forma de atenuar o impacto ambiental causado pela produção de gado.

Mas esta não é a primeira vez que se cria carne não-animal. A carne ‘in vitro’ é já uma realidade e a ciência dá passos largos para conseguir mudar os hábitos alimentares dos dias de hoje.

A start-up nova-iorquina Modern Meadow é uma das pioneiras na criação de carne não animal, isto é, “fabricar carne sem morte” ou simplesmente “cultivar carne”. Segundo o El País, esta empresa está a criar carne em laboratório, a partir de tecidos de animais.

Esta ideia da Modern Meadow vai ao encontro de uma das mais notórias invenções da Universidade de Maastricht, que, em 2013, criou aquele que foi o primeiro hambúrguer in vitro, porém, o custo final está muitíssimo aquém das capacidades mundiais. 240 mil euros foi o custo final deste hambúrguer.


Fonte: Notícias ao Minuto

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