Flavescência Dourada: revelada a origem da doença
Desde os primeiros surtos em vinhas europeias, epidemias de Flavescência Dourada, uma doença causada por um fitoplasma, têm sido associadas à introdução de um inseto vetor norte-americano, Scaphoideus titanus.
Investigadores do IINRAE de Bordeaux, em colaboração com investigadores alemães, italianos, húngaros e sérvios, estudam há uma década a diversidade genética e o ciclo ecológico do fitoplasma. Confirmaram que o fitoplasma associado a esta doença é, efetivamente, nativo e endémico da velha europa. Os resultados foram recentemente publicados na revista Plos Pathogens e demostram que esta doença pode, de facto, ser explicada pelo encontro entre uma bactéria originária do Norte Paleártico, o fitoplasma e o inseto vetor do Neártico S titanus.
Este estudo valida assim a restrição da luta anti vetorial a surtos causados por certas variantes genéticas do fitoplasma adaptadas à transmissão por S. titanus.
Estabelece igualmente um novo conceito de "vectotipo" bacteriano (4) e propõe o estabelecimento de impressões digitais ecogenéticas locais necessárias para uma gestão racional da doença a nível regional.
Em termos de aplicabilidade, os instrumentos de genotipagem desenvolvidos neste estudo permitem rastrear a origem e a propagação das estirpes de fitoplasmas de Flavescência Dourada nas vinhas e nos seus ambientes, mas identificar igualmente estirpes epidémicas. Esta informação ajuda a avaliar os riscos, permitindo escolher as melhores estratégias de controlo a nível local. Este tipo de gestão experimental que combina a vigilância das vinhas, a genotipagem de casos e a modulação de inseticidas está atualmente a ser implementada em algumas vinhas em França.
Recomendamos a leitura completa do artigo original: www.inrae.fr