publicado a: 2016-04-21

Ensaio em branco para pulverização

Imagens: ANIPLA

A legislação sobre aplicação de produtos fitofarmacêuticos começou recentemente a ter um papel destacado no sector não profissional da agricultura. São na maior parte dos casos explorações com áreas reduzidas nas quais estão disponíveis pulverizadores manuais, acionados manual ou mecanicamente. Para conhecer bem qual a quantidade de calda que estas máquinas aplicam, e dispensadas que estão de inspeção periódica, cabe aos aplicadores realizar o ensaio em branco. Este é fundamental neste tipo de máquinas nas quais não é possível utilizar fórmulas de cálculo já referidas em infografias anteriores. A versatilidade e o seu princípio básico permite também a sua utilização em pulverizadores de maior dimensão.

Para começar deve marcar-se no terreno uma pequena parcela cuja área em m2 seja rigorosamente conhecida. De seguida enche-se o pulverizador com um volume conhecido de água limpa (no caso de um pulverizador pequeno pode encher-se completamente, conhecendo a sua capacidade total). Pulveriza-se então a área definida, mantendo a pressão do pulverizador e a velocidade constantes, e mede-se a quantidade de água gasta para o fazer. Divide-se então este valor pela área, calculando o resultado em L/m2. Multiplicando este valor por 10.000 (número de m2 num hectare) obtém-se a quantidade de água (ou calda) que seria gasta num hectare.

Saber a quantidade de calda que se gasta por hectare permite ao aplicador fazer a preparação da mesma de forma rigorosa. Os produtos fitoframacêuticos são assim aplicados sem desperdício de dinheiro e sem pôr em risco o aplicador, as plantas, o ambiente e os consumidores. É também garantida a eficácia do produto e reduz-se o risco do aparecimento de resistências.


por Hugo Pires
Engenheiro Agrónomo
suporte@agrozapp.pt

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