publicado a: 2019-01-16

Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco aconselha a poda de fruteiras, olival e vinha

A Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco acaba de publicar a Circular nº 1/2019 de 15 de Janeiro, na qual alerta para as vantagens da poda em fruteiras, olival e vinha, como forma de evitar doenças nas plantas.

Segundo a Circular daquela Estação de Avisos, a poda é uma medida cultural com a qual se procura promover o equilíbrio das plantas, sendo também importante na prevenção de problemas fitossanitários.

Ao podar as fruteiras, deve eliminar todas as pernadas e ramos que apresentem deformações causadas por doenças e pragas, tais como, cancros, posturas de insectos, frutos, etc.

A lenha da poda proveniente de plantas doentes deve ser retirada e queimada. A que se encontra em boas condições sanitárias, deve ser triturada e incorporada no solo, pois vai contribuir para uma melhoria da estrutura do solo e um aumento da matéria orgânica.

Os serrotes e tesouras devem ser sempre desinfectados (lixívia ou álcool) a fim de evitar a contaminação das árvores sãs.

A poda deve promover um bom arejamento da copa, para facilitar não só a entrada de luz, mas também a aplicação das caldas.

Tratamentos de Inverno

Acrescenta a Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco que os tratamentos de Inverno têm como objectivo reduzir o inóculo de algumas doenças e pragas presentes nas culturas, contribuindo para diminuir o número de tratamentos fitossanitários durante o ciclo vegetativo.

Estes tratamentos são realizados essencialmente com produtos à base de cobre para prevenir as doenças e óleos de Verão para combater as formas hibernantes de insectos e ácaros.

Ao realizar os tratamentos de Inverno, deve ter em consideração o seguinte:
- Os produtos utilizados nos tratamentos de inverno actuam por contacto e, por isso, devem ser realizados com tempo seco molhando bem toda a árvore;

- Estes tratamentos só devem ser realizados em períodos em que não se preveja a ocorrência de precipitação nas 48 horas seguintes à aplicação. Relembra a Estação que precipitações superiores a 25 a 30 litros/m2 lavam o produto aplicado;

- Os tratamentos de Inverno são mais eficazes, se efectuados depois da poda.

Doenças do lenho da videira

Quanto às videiras, realça a Circular que as doenças do lenho representam um grave problema fitossanitário por comprometer a longevidade da videira, assumindo cada vez mais importância nas vinhas da região.

Na ausência de tratamentos químicos eficazes contra estas doenças, torna-se imperativo adoptar medidas profilácticas de forma a reduzir a fonte de inoculo e o risco de contaminação, e paralelamente proceder à reconversão ou replantação das videiras afectadas, a fim de diminuir os impactes destas doenças.

Assim, no período de podas na vinha, aquela Estação relembra a necessidade de alguns cuidados nesta operação.

Poda da oliveira

No que diz respeito ao olival, refere a mesma Circular que a poda deve contribuir para o correto equilíbrio entre as partes aérea/radicular e a melhor relação folha/madeira e, permitir um bom arejamento da copa, para facilitar a penetração da luz e dos produtos fitofarmacêuticos.

A poda deve realizar-se após o período de geadas, a partir de meados de Março.

Pode consultar a Circular nº 1/2019 completa aqui.

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