publicado a: 2015-06-24

Saiba quais são as formas de degradação do solo

O processo de degradação do solo pode ocorrer de várias maneiras diferentes, geralmente resultante do seu mau uso e conservação por parte das atividades humanas. A ocorrência dessas situações pode estar associada ao esgotamento de nutrientes ou à remoção da vegetação, entre outros inúmeros fatores. As principais formas de degradação do solo, isto é, os tipos com que esse problema se apresenta, são:


Desertificação

A desertificação consiste no processo de degradação e esgotamento dos solos que ocorre em regiões de clima árido, semi-árido e sub-húmido e, portanto, a evaporação é maior do que a infiltração. A desertificação recebe esse nome porque provoca uma mudança da paisagem para algo próximo à paisagem de um deserto, embora não necessariamente a área formada possa ser considerada como tal.

Embora esse problema apresente algumas causas naturais, como o clima e a predisposição para a sua ocorrência, os seus principais determinantes estão associados às práticas antrópicas, tais como o desmatamento, as queimadas, o uso intensivo do solo pela agropecuária, irrigação incorreta, entre outros.


Processos erosivos

A erosão é um dos mais conhecidos tipos de degradação do solos. Trata-se de um processo natural que pode ser intensificado pelas práticas humanas e que consiste no desgaste dos solos e das rochas com posterior transporte e deposição do material sedimentar que é produzido.

Os processos erosivos, além de alterarem a forma do relevo formando crateras que podem ocupar grandes áreas, também são responsáveis pela retirada de nutrientes dos solos. Em alguns casos, a lavagem excessiva da camada superficial pela água das chuvas — processo chamado de lixiviação ou erosão laminar — torna os solos mais ácidos ou improdutivos. Além disso, as erosões também estão associadas a problemas de movimentação de massas e desabamento de encostas.


Salinização

A salinização consiste no processo de aumento dos sais minerais existentes, a ponto de afetar a produtividade dos solos de uma determinada região. Esses sais minerais apresentam-se na forma de iões, tais como o Na+ e o Cl-, sendo mais comuns em áreas de clima árido e semiárido, onde as taxas de evaporação são muito acentuadas.

Resumidamente, a ocorrência da salinização está relacionada com a prática da irrigação que se utiliza de água com elevado teor de sais (lembrando que os sais minerais estão sempre presentes na água, a exemplo do potássio e muitos outros). Assim, com a evaporação da água, os sais acumulam-se no solo e aumentam a sua salinidade. Outras causas possíveis para a salinização são a elevação acentuada do nível freático e a evaporação de águas salgadas ou salobras acumuladas de mares, lagos e oceanos.


Poluição direta e contaminação

A poluição direta ou contaminação consiste na alteração química da composição dos solos, tornando-os, muitas vezes, inférteis. Trata-se de um problema com causas essencialmente humanas e causado pelo uso excessivo de fitofármacos e fertilizantes na agricultura e também pela infiltração de materiais orgânicos poluentes em áreas de lixeiras, aterros sanitários e até em cemitérios, onde há uma elevada taxa de formação de chorume.

Além de tornar os solos improdutivos e afetar a qualidade de vida da população que vive sobre eles, esse tipo de contaminação pode afetar o lençol freático, a vegetação de uma determinada localidade e até a fauna, prejudicando o funcionamento dos ecossistemas. Para isso, é preciso haver uma maior consciência social e a adoção de medidas de diminuição da poluição dos solos e dos seus recursos naturais.


Fonte: Agrosoft

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