publicado a: 2017-05-19

Argentina: produtor de citrinos não cumpre normas contra greening e vê 30.000 plantas destruídas

Um produtor de citrinos argentino não cumpriu as normas de prevenção contra o greening dos citrinos, ou huanglongbing (HLB). As autoridades sanitárias daquele país da América Latina ordenaram a destruição de 30.220 plantas.

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) interditou e destruiu as plantas que estavam num viveiro na província de Jujuy. Aquele organismo salienta que o greening “é a praga mais destrutiva dos cítricos a nível mundial. Até ao momento não tem cura, portanto é de extrema importância evitar a introdução da mesma cumprindo com as normas vigentes”.

A autoridade argentina adianta ainda que as plantas foram detectadas durante uma fiscalização de rotina. Ali constatou a existência de plantas cítricas que não se encontravam dentro das normas de sanidade. O pessoal da Senasa notificou os proprietários de que a situação gerava “um alto risco sanitário, considerando que configurava una transgressão” uma vez que os viveiros de citrinos só podem ser produzidos em estufa.

Plano de Contingência em Portugal

Em Portugal, a DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária tem em curso o Plano de Contingência para controlo dos agentes causais da doença de Citrus Greening. O Plano tem como objectivo estabelecer procedimentos com vista a garantir uma rápida e eficaz resposta em caso de detecção da doença de Citrus Greening em Portugal e controlo dos insectos vectores.

O insecto vector está presente na Madeira e nas Canárias. Em Dezembro de 2014, a Espanha notificou a primeira detecção de Trioza erytreae no seu território continental, região da Galiza. A sua presença já foi detectada em citrinos isolados de jardins particulares na área do Grande Porto.

A doença vulgarmente conhecida como Huanglongbing (HLB), ou ainda por Citrus Greening, é uma das mais graves e destrutivas doenças dos citrinos, responsável por sérias quebras de produção em inúmeros países dos continentes africano, asiático e, mais recentemente, também no continente americano. Trata-se de uma doença fatal, para a qual não existe actualmente cura, e, uma vez a planta infectada, produz frutos amargos, rijos, disformes, incomestíveis, acabando por morrer poucos anos após a infecção, refere o Plano.

Fonte: Agricultura e Mar Actual

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