publicado a: 2019-02-18

A China e a Índia estão literalmente a tornar a Terra mais verde

Baseada em fotografias captadas pelos seus satélites (MODIS), a agência espacial norte-americana (NASA) acaba de revelar que a Terra está mais verde do que há 20 anos. China e Índia são as principais fontes deste crescimento.

Numa nova investigação, esta semana publicado, a NASA revela que o crescimento da vegetação no nosso planeta cresceu nos últimos anos, representando um crescimento na área foliar equivalente ao território ocupado pela floresta Amazónia, no Brasil.

As principais fontes deste aumento “verde” são a Índia e a China, os países mais populosos do mundo, devido à agricultura intensiva desenvolvida por ambos os países, bem como aos programas de plantio de árvores lançados por Pequim.

“A China e a Índia representam um terço deste greening” e, embora “apenas cubram 9% da vegetação da superfície terrestre”, este facto é “uma descoberta surpreendente”, em função da “degradação” dos países altamente povoados, assegura Chi Chen, membro do Departamento da Terra e Meio Ambiente da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, e autor principal do estudo da NASA.

“Agora que sabemos que a influência humana é o fator-chave” para este fenómeno, “devemos ter isso em conta” nos nossos modelos climáticos para “melhor prever” o comportamento dos diferentes sistemas da Terra, cálculo este que “permitirá aos países tomar melhores decisões sobre como e quando agir”, argumentou Rama Nemani, co-autor do estudo e membro do Centro de Investigação AMES da NASA.

De acordo com o mesmo documento, 42% do crescimento da vegetação na China é fruto de programas de conservação e expansão florestal e 32% da agricultura, enquanto na Índia a maioria (82%) é resultado das culturas alimentares.

Depois da China e da Índia, segue-se a União Europeia, Canadá, Rússia, Austrália e EUA, como territórios que mais contribuem para alimentar as zonas verdes da Terra.

Apesar da Terra estar mais verde quando comparada com há vinte anos, ambos os cientistas concordam que este aumento não compensa os danos causados pela perda de vegetação em regiões tropicais, como é o caso do Brasil ou da Indonésia.

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