publicado a: 2019-02-20

Conclusões do 1o Congresso Ibérico do Milho 2019

O 1o Congresso Ibérico do Milho reuniu em Lisboa, a 13 e 14 de Fevereiro, 650 participantes de Portugal e Espanha e um painel de 35 prestigiados oradores que reafirmaram a importância da cultura do milho na agricultura de regadio do Sul da Europa, contribuindo para criar emprego, gerar desenvolvimento socioeconómico e fixar a população no território.

A Anpromis (Associação dos Produtores de Milho e Sorgo de Portugal) e a Agpme (Associação Geral dos Produtores de Milho de Espanha), entidades que coorganizaram este evento, concluem que:

 O milho é uma das principais culturas de regadio na Península Ibérica, ocupando uma área que ronda os 650 mil hectares.
 O 1o Congresso Ibérico do Milho constituiu um primeiro passo muito relevante para a criação de uma plataforma de diálogo, partilha de conhecimento e defesa conjunta dos interesses dos produtores de milho de Portugal e Espanha, tanto nas instâncias nacionais, como europeias.
 O milho, reconhecidamente, encontra-se entre as culturas que melhor rentabilizam o uso dos fatores de produção, nomeadamente a água e a energia.
 O milho produzido na Península Ibérica é reconhecido pela sua qualidade e tem uma importância primordial na alimentação humana e animal, dos nossos dois países.
 As culturas de regadio, e em concreto o milho, contribui de forma notória para fixar as populações no território rural dos países do sul da Europa, criando emprego e desenvolvimento socioeconómico.
 A importância que a agricultura de regadio tem na preservação da paisagem Ibérica e no ordenamento do seu território, tem de ser compensada através da criação de serviços de ecossistemas adaptados à realidade dos nossos dois países.
 Portugal e Espanha têm de defender de uma forma desassombrada o regadio tanto a nível nacional, como europeu.
 O apoio a iniciativas que privilegiem não só o uso eficiente da água, como a reabilitação e a construção de novos sistemas de armazenamento deve constituir uma aposta conjunta dos nossos dois países.

 Os produtores de milho estão conscientes dos desafios que se lhes colocam no âmbito da adaptação às alterações climáticas, o que poderá passar inclusivamente pela criação de um Observatório Ibérico que aprofunde os conhecimentos que temos nesta matéria.
 As ambiciosas metas previstas no âmbito do Acordo de Paris, obrigam a uma significativa redução das emissões de gases com efeito de estufa, que só é possível atingir se existir uma significativa aposta na inovação e na adopção de novas tecnologias que permitem um uso cada vez mais eficiente dos recursos naturais, nomeadamente da água e do solo.
 É imperioso que Portugal e Espanha garantam a manutenção dos atuais níveis de financiamento comunitário no âmbito da Política Agrícola Comum pós 2020, por forma a contribuir para a competitividade da cultura do milho nos nossos dois países e manter a necessária coesão do seu território.

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