publicado a: 2021-04-06

Estudo revela que poluição do ozono prejudica culturas de milho híbrido

Um estudo do Carl R. Woese Institute for Genomic Biology, pertencente à Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, revelou que o ozono nas camadas mais inferiores da atmosfera diminui o rendimento das culturas do milho híbrido e altera os tipos de produtos químicos que são encontrados dentro das folhas.

Em artigo do site, a universidade revela que os investigadores estudam há mais de 20 anos os efeitos da poluição do ozono nas culturas numa instalação onde as culturas podem ser cultivadas em condições reais de campo agrícola, mas com concentrações acrescidas de poluição por ozono.

“A poluição do ozono é maior no hemisfério norte, e atinge picos nos meses mais quentes e de verão. As elevadas concentrações de poluição do ozono sobrepõem-se temporalmente e espacialmente ao crescimento das culturas, pelo que é importante estudar como as elevadas concentrações de ozono afetam o rendimento das culturas”, disse a ex-estudante de doutoramento no laboratório de Ainsworth, Jessica Wedow.

Investigação

Os investigadores analisaram três tipos de milho: as variedades B73 e Mo17 e o milho híbrido cruzado B73 × Mo17. Os resultados mostraram que o stresse crónico do ozono provocou uma diminuição de 25% no rendimento das culturas híbridas. Já as colheitas de variedades autóctones não foram afetadas a nível de rendimento. As plantações híbridas também envelheceram mais rápido que as autóctones.

Para perceber o porquê, os investigadores mediram a composição química das folhas. “As plantas autóctones não responderam ao ozono. Por outro lado, as plantas híbridas produziram mais α‐tocoferol e fitoesteróis, que ajudam a saciar moléculas reativas de oxigénio e estabilizar as membranas de cloroplasto”, explica Jessica Wedow.

Estes resultados sugerem que, uma vez que o milho híbrido é mais sensível à exposição ao ozono, pode estar a produzir mais químicos que lidam com as consequências do stresse crónico.

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