publicado a: 2015-06-26

Fitossanidade: Frutas e hortícolas “em risco”

A eurodeputada Anthea McIntyre e a Agri-food chain Roundtable for Plant Protection alertaram para o perigo “das frutas e hortícolas, de que tanto gostamos”, estarem em risco. Em causa está a abordagem da UE nas políticas e legislação para os produtos fitofarmacêuticos.

De acordo com a Anipla, foram apresentadas consequências “previsíveis” para o setor como a “falta de disponibilidade de soluções para os agricultores devido a problemas na avaliação zonal, em especial nos reconhecimentos mútuos, disponibilizando novos produtos no mercado, bem como em instabilidade regulamentar, como é o caso dos candidatos a substituição. A variabilidade nas formas de implementação da avaliação zonal entre países cria fortes distorções na competitividade. A falta de soluções adequadas, como por exemplo as modernas e eficazes soluções para o tratamento de sementes, podem conduzir a severas consequências para os agricultores na gestão de resistências e na proteção contra novas ameaças, como a Xylella fastidiosa.”

A Anipla explica ainda que “o forte aumento de custos para a aprovação de novos produtos resulta num longo processo e atraso na disponibilidade de novas substâncias para os agricultores da UE. O processo de aprovação de novos produtos leva agora 4-6 anos, dois anos mais do que na legislação anterior. A permanente reavaliação das substâncias existentes, baseada em novos requisitos, limita ainda mais as ferramentas ao dispor dos agricultores.”

A segurança alimentar no comércio europeu foi outro dos temas debatidos, sobretudo, “a falta de soluções apropriadas para proteger algumas culturas”, que a Agri-food chain Roundtable for Plant Protection e a deputada europeia Anthea McIntyre consideraram poder vir a traduzir-se numa falha no abastecimento nos mercados europeus.

“As frutas e hortícolas são a base de uma alimentação saudável, mas em muitos casos as ferramentas adequadas para a proteção destas culturas não estão disponíveis. A figura dos chamados “usos menores” deveria ter um papel importante e necessita de ser mais operacional e eficiente urgentemente. Há a necessidade de ser criada uma única Zona UE para “usos menores” e mais genericamente para adotar o espírito do novo Regulamento EC/1107/2009: harmonização, reconhecimento mútuo, alargamentos de espectro, etc.”

A Agri-food chain Roundtable for Plant Protection pediu à União Europeia e aos Estados-Membros que se assegurem que as políticas dirigidas aos produtos fitofarmacêuticos sejam implementadas de forma “coerente” e que tenham em conta as recomendações necessárias para ir ao encontro das necessidades dos produtores e dos consumidores europeus.


Fonte: Vida Rural

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