publicado a: 2018-08-30

Portugal aberto a parcerias num dos principais regadios de Moçambique

"Temos a possibilidade de trabalhar nas infraestruturas de regadio, olhando para vários casos, muito particularmente para Chokwé", disse à Lusa, em Maputo, após um encontro com o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar de Moçambique, Higino Marrule.

Miguel Freitas falava à margem do terceiro Fórum de Qualidade e Competitividade Agro-Alimentar, organizado pela Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), no qual participou no âmbito de uma visita a Moçambique que decorre até sexta-feira e que inclui vários contactos institucionais.

O governante portuugês referiu que se pretende "encontrar uma parceria entre empresas gestoras de regadios [em Portugal] e as administrações públicas e privadas de administração de regadios em Moçambique".

Miguel Freitas acrescentou haver ainda interesse noutro projeto, ligado à troca de experiências entre jovens europeus e africanos no campo agrícola, com desenvolvimento de experiências, em Portugal, que poderão ser remetidas às associações moçambicanas.

O intercâmbio incide na área da fitossanidade, para preservação de vegetais, por forma a que os produtos moçambicanos respondam a padrões internacionais.

O regadio de Chokwé, o maior do país, foi construído nos anos 50 e implementado pelo Estado moçambicano nos primeiros anos da independência, mas vários programas de desenvolvimento falharam.

No ano de 1977, a estrutura de gestão foi alterada, desfazendo-se o colonato e criando-se o Complexo Agro Industrial do Limpopo.

Está dotado de infraestruturas de irrigação, obras de defesa contra cheias e canais de circulação em dez zonas hidroagrícolas. É considerada uma das maiores obras de engenharia de Moçambique.

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