publicado a: 2019-11-25

Setor apícola está em forte dinâmica de crescimento e profissionalização

O forte crescimento do setor apícola foi destacado pelo Secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, no XX Fórum Nacional de Apicultura, em Viseu.

Nuno Russo afirmou que este setor é vital para a agricultura e para o ambiente, porque desempenha um papel fundamental no desenvolvimento sustentável das zonas rurais.

O Secretário de Estado referiu que o setor apícola «constitui um contributo fundamental para alcançar do objetivo de incentivar e reforçar a gestão sustentável dos territórios sujeitos ao risco de abandono, que têm a si associada uma enorme perda de biodiversidade e um maior risco de incêndio».

«Os mais recentes dados indicam que há um crescimento de mais de 30% no número de apicultores e de 50% no número de colónias nos últimos (sete) anos», disse.

Nuno Russo afirmou também «há também uma crescente profissionalização e especialização do setor com um maior número de colmeias por apicultor», acrescentando que esta evolução «apresenta vários aspetos positivos, nomeadamente a mais-valia que representa do ponto vista sanitário, uma vez que a produtividade e a rentabilidade são inevitavelmente determinadas por uma gestão higiossanitária mais eficaz dos apiários».

«Há hoje apicultores que procuram a excelência do produto, a sustentabilidade da produção e a conquista de novos mercados», afirmou o Secretário de Estado.

Nuno Russo disse que «o setor é um parceiro respeitado e a integração das suas preocupações tem sido uma realidade através do Grupo de Acompanhamento do Programa Apícola (GAPA), o que permitiu um claro aumento nos apoios previstos no Programa Apícola Nacional de praticamente um milhão de euros por ano, para um total de 10,5 milhões de euros no triénio de vigência do programa» de 2020 a 2022.

União Europeia

Este crescimento é também revelador da maior atenção comunitária à apicultura, «estando agora previstos apoios a todos os Estados-membros de 40 milhões de euros, estando ainda previsto, para o pós 2020, um aumento para 60 milhões de euros nas perspetivas do próximo Quadro Financeiro Plurianual».

O Secretário de Estado afirmou ainda que «não podemos dar tréguas ao combate aos riscos que o setor corre, nomeadamente os de natureza sanitária como a Varroose e a Vespa velutina, para as quais se reforçou os apoios de luta e combate, agilizando as medidas, reforçando a transparência, garantindo maior eficácia».

No último Conselho de Ministros Europeu de Agricultura e Pescas, foi proposta a introdução de medidas específicas para o setor do mel, nomeadamente através de um programa de promoção do mel, no quadro de regime europeu de apoio à promoção de produtos agrícolas e agroalimentares.

«Nos grandes desafios estratégicos para a legislatura, há um contributo essencial dos apicultores na introdução de métodos inovadores e tecnológicos de gestão das colónias, na manutenção de uma agricultura jovem e familiar que contribua para a fixação das pessoas nos territórios rurais e no fomento da capacidade de nos adaptarmos e de encontrarmos novas respostas para, juntos, encararmos o desafio das alterações climáticas», sublinhou Nuno Russo.

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