publicado a: 2015-10-02

Análise semanal dos mercados - 28 setembro a 1 outubro

28 setembro

Nos mercados europeus a semana acabou como começou, ou seja, com a tendência para a subida dos preços. Esta tendência foi influenciada pela tomada de posições dos investidores.

No mercado americano esta subida deve-se à posição dos fundos, que estiveram compradores de 4.000 lotes de trigo, 8.000 lotes de milho e 12.000 lotes de soja.

A soja teve uma forte subida, devido aos bons resultados da exportação. Assim, o Departamento Agrícola dos Estados Unidos anunciou, durante a semana passada, vendas para a china de mais de 1 milhão de toneladas.

No mercado do Mar Negro de realçar a fraca cadência de exportações de trigo por parte da Rússia e o elevado nível de exportações de cevada por parte da Ucrânia.


29 setembro

Nos mercados europeus registou-se uma ligeira descida de preços, com o euro a valorizar-se face ao dólar. O estado da economia mundial continua a preocupar os operadores.

Parece que nenhum operador quer tomar qualquer posição antes da publicação do relatório do Departamento Agrícola dos Estados Unidos de amanhã, que vai indicar os stocks trimestrais nos Estados Unidos.

No mercado americano ligeira descida do preço dos cereais, provocada pela posição dos fundos de investimento que estiveram vendedores de 6.000 lotes de milho, 7.000 lotes de soja e 3.000 lotes de trigo.

Descida considerável do preço da soja, que sofre da pressão da colheita. Esta semana 20% da área de soja nos Estados Unidos deve ser ceifada e os rendimentos até agora são bons, o que antevê uma grande produção.

No mercado do Mar Negro nada de relevante a assinalar.


30 setembro

Estabilidade nos mercados europeus, com um ligeiro recuo dos preços.

Os stocks são muito elevados e os silos portuários estão completamente cheios. Mesmo com uma colheita de milho muito inferior à do ano passado, aumenta a pressão sobre os mercados, pois não se sabe onde stockar tanto cereal. É muito provável que os operadores tentem umas vendas rápidas para arranjarem espaço.

Situação também muito estável no mercado americano, com os operadores à espera do relatório trimestral dos stocks, que será publicado hoje, pelo Departamento Agrícola dos Estados Unidos.

A soja subiu, mas segundo alguns analistas, tal facto deveu-se a uma correcção técnica depois das fortes quedas da sessão anterior.

No mercado do Mar Negro temos a registar o bom avanço da colheita na Rússia, onde os rendimentos por hectare são, no entanto, inferiores aos do ano passado.


1 outubro

Situação estável nos mercados europeus, depois da publicação dos stocks trimestrais nos Estados Unidos.

Devido às condições atmosféricas a sementeira do trigo no norte da Europa avança em muito bom ritmo, bem como a colheita do milho em França.

No mercado americano de registar a publicação do relatório do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA) com os valores dos stocks trimestrais.

Em relação ao trigo os stocks estão muito ligeiramente em alta, mas foi revisto em baixa o volume de produção nos Estados Unidos, o que suporta os preços daquele cereal. No milho não existiram variações, pelo que também o preço do milho está estável.

A soja teve uma sessão muito volátil, oscilando entre o vermelho e o azul, terminando com ganhos de preço, depois da publicação do relatório da USDA.

Os analistas consideram que o relatório, no entanto, poucas novas informações deu, pelo que os operadores estão concentrados na evolução da colheita nos Estados Unidos, que este momento está ao nível de 21%. Estes preços baixos têm atraído os compradores, que assim têm dado sustentabilidade aos preços.

No mercado do Mar Negro o factor mais relevante foi a alteração da fórmula de cálculo da taxa de exportação de trigo da Rússia. O principal dado mais importante nesta alteração é a baixa do valor mínimo, que passa de 50 rublos/ton para 10 rublos/ton.

Com a actual situação de mercado a taxa a pagar será a mínima fixada e portanto 10 rublos/ton, o que com uma paridade de 1 dólar 65,3 rublos, temos uma taxa de 15 cts dólares/ton, que não é praticamente nada.


Fonte: Agroinfo

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