publicado a: 2018-09-18

Agricultura intensiva é mais sustentável

Investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, afirmaram que a agricultura de pequena escala, ou biológica, tem maiores custos ambientais e maiores prejuízos para a terra do que a agricultura intensiva de "alto rendimento". O estudo analisou os setores de arroz asiático com casca (90%), trigo europeu (33%), carne latino-americana (23%) e laticínios europeus (53%).

Segundo os investigadores, as evidências mostram que a melhor alternativa é adotar métodos produtivos que agridam menos o meio ambiente, como aqueles que dispensam o uso de técnicas de mobilização da terra, por exemplo. De acordo com Andrew Balmford, professor de ciência da conservação no Departamento de Zoologia, em Cambridge, a agricultura intensiva poderia ser a solução para suprir o aumento da procura.

"Os nossos resultados sugerem que a agricultura intensiva poderia ser aproveitada para atender à crescente procura por alimentos sem destruir ainda mais o mundo natural. No entanto, se quisermos evitar a extinção em massa, é vital que a agricultura eficiente seja mesclada com áreas de mata selvagem e que evitem o uso do arado", comenta.

No entanto, a equipa adverte que, se os rendimentos mais altos forem usados simplesmente para aumentar os lucros ou baixar os preços, eles só vão acelerar a crise de falta de alimento que já existe em algumas partes do mundo. Neste cenário, exemplos de estratégias de alto rendimento incluem sistemas de pastagem mais modernos e raças de gado melhorado na produção de carne, o uso de fertilizantes químicos nas plantações e a manutenção de vacas leiteiras no pasto por mais tempo.

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