publicado a: 2022-10-24

A phytophtora na cultura dos citrinos

Phytophtora

Os citrinos são sensíveis a vários fungos do género Phytophtora; causadores de doenças como o míldio, podridão das raízes ou gomose. Alguns dos porta enxertos utilizados hoje em dia na citricultura algarvia tais como: Laranjeira azeda, C. Troyer e C. carrizo - apresentam uma resistência aceitável a este fungo.

Gomose:

Afeta principalmente zonas próximas da enxertia. Tem como principal sintoma a formação de goma de cor escura na superfície da casca. As folhas começam a ficar verde pálidas e com o tempo vão-se tornando amarelas. As rebentações são escassas e as produções são baixas e com frutos de calibre inferior ao normal.

Podridão das raízes (colo):

Neste caso há há uma desidratação e morte da árvore sem exsudação de goma e verifica-se normalmente junto à superfície do solo. As folhas começam a ficar verde pálidas e com o tempo vão-se tornando amarelas. As rebentações são escassas e as produções são baixas e com frutos de calibre inferior ao normal.

Míldio:

Os frutos afetados que possuem cor verde ou laranja passam a apresentar uma cor acastanhada (Fig. 1). Os frutos afetados caem prematuramente.


Fig. 1 – Fruto atacado por míldio onde se pode verificar na parte basal a cor acastanhada característica

Todas estas doenças são provocadas na sua maioria por as espécies P. citrophtora e P. parasitica.

São fungos bastante ativos na Região do Algarve em condições de humidade elevada pois os pomares na sua grande maioria encontram-se implantados em solos argilosos e muitas vezes com escassa drenagem. Estes fungos possuem boa capacidade de adaptação a temperaturas entre 5-32ºC.

As medidas de combate a este tipo de fungos devem ser sempre preventivas quando se verifiquem condições de possível infestação.

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