publicado a: 2015-10-30

Com 25% do terrenos entregues, arranca segunda fase da Bolsa de Terras

O Ministério da Agricultura lançou esta semana o segundo concurso de cedência de terras a jovens agricultores. A iniciativa pretende incentivar a produção agrícola. Até agora 25% das terras disponíveis foram transacionadas.

A Bolsa de Terras é uma iniciativa do ministério tutelado por Assunção Cristas que se propõe a a alugar ou vender terrenos a agricultores para estes expandirem a sua capacidade de produção. Nesta nova fase, o aluguer mais caro é 4 mil e 500 euros. É este o preço a pagar por ano por quem quiser usar as terras da Quinta do Pinhó - em Braga - que tem uma área equivalente a 7 campos de futebol.

O lote mais barato é uma courela no distrito de Santarém. Também é a parcela mais pequena e o arrendamento anual é de apenas 40 euros.

O Ministério da Agricultura afirma que a diversidade de terras disponíveis é grande. Nuno Russo, coordenador do projeto, considera que os jovens agricultores e investidores estão a aderir bem à iniciativa e fala numa "taxa de cedência através da bolsa nacional de terras de cerca de 25% (em termos de área). Ou seja, um em cada quatro hectares que vai à bolsa tem sido transacionado".

O problema tem sido, admite Nuno Russo, convencer os privados a - também eles - cederem terras para esta bolsa. O responsável diz que "demora muito a criar uma dinâmica de funcionamento porque os privados vão muito pelo exemplo, o exemplo dos seus pares, o exemplo que o Estado dá". Mesmo assim garante que "das 450 terras disponíveis, mais de 60% dessas terras são privadas".

A TSF foi conhecer um dos projetos pioneiros no âmbito da Bolsa de Terras. O primeiro terreno disponibilizado na primeira fase desta iniciativa, foi entregue aos arrendatários há quase seis meses. São dez hectares que vâo servir para aumentar a área de cultivo de um casal produtor de maçã e pêra rocha das Caldas da Rainha. Para já ainda limpam e preparam a terra. O repórter Mário Freire foi visita-los e ouviu-os dizer que esta foi uma boa aposta pois são "terrenos de excelência e qualidade" que estavam ao abandono e assim põe-se fim a "um desperdício".

Os projetos que concorrem à Bolsa de Terras são sobretudo hortícolas mas também há procura de terras para pomares e, mais raramente, para exploração florestal.


Fonte: TSF

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