publicado a: 2017-02-24

Portugal tem um milhão de euros em projetos para dinamizar sector dos frutos secos

O Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos tem quase uma dezena de projetos de valor superior a um milhão de euros para dinamizar o sector em Portugal, revelou à Lusa o presidente Albino Bento.

O País é um pequeno produtor no plano internacional, mas tem potencial por explorar, segundo o responsável, e procura externa garantida com as duas maiores empresas mundiais de comercialização de alfarroba no Algarve, a expansão da amêndoa ao Alentejo e Trás-os-Montes a lidera a castanha que garante “na ordem dos 60 a 70 milhões de euros à produção”, adiantou aquele responsável à Lusa, citado no site da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.

O Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS) é um organismo com sede em Bragança, criado pelo Governo para articular os diferentes agentes e dinamizar o sector e que promove, esta sexta-feira, 24 de Fevereiro, em Bragança, um seminário internacional para mostrar alguns exemplos de novas oportunidades, numa iniciativa incluída nos projetos que o centro tem aprovados ou candidatados a fundos comunitários.

Portugal Nuts

O projeto mais emblemático e já contemplado com 630 mil euros é o “Portugal Nuts”, virado para a internacionalização com o propósito de ajudar “as empresas para exportar mais, a haver maior investimento, a aparecerem novas empresas, inovação de produtos” e a desenvolver produções mais tímidas no país como a noz, avelã e pistácio.

O seminário faz parte do conjunto de eventos que o Centro tem programado para realizar por todo o país até ao final do ano e com os quais pretende mostrar exemplos de empresas, associações e cooperativas portuguesas, mas também de Espanha e França para “motivar os empresários portugueses a melhorar e mostrar outras formas de trabalhar o sector”, referiu Albino Bento.

O presidente do CNCFS sublinhou que “há uma crescente procura de todos os frutos secos, da amêndoa, noz, castanha e não tem havido dificuldades” das empresas e produtores portugueses em conseguirem vender.

O presidente do CNCFS apontou que Portugal não tem qualquer dificuldade em escoar as produções neste sector, mas é ainda deficitário, embora seja já exportador líquido de castanha e, no caso da amêndoa, possa vir a ser auto-suficiente dentro de pouco tempo. O consumo de frutos secos, pelas qualidades e valias para a saúde, está em crescimento e também a produção, sobretudo de amêndoa.

Albino Bento indicou que “em Portugal o crescimento do amendoal é visível em Trás-os-Montes e no Alentejo, que praticamente não tinha produção deste fruto e «vai já com cerca de cinco mil hectares e a perspectiva de duplicar dentro de poucos anos”.

O Centro tem sede no Brigantia EcoPark de Bragança e conta 44 associados, entre associações de produtores, empresas de transformação e comércio, investigação representada por instituições de Ensino Superior de todo o país e entidades públicas como municípios.

Fonte: Agricultura e Mar Actual

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