publicado a: 2021-12-15

Rendimento da atividade agrícola deverá aumentar 11,1% em 2021

De acordo com a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2021, publicada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), «o rendimento da atividade agrícola, em termos reais, por unidade de trabalho, deverá registar um aumento de 11,1%, em consequência dos acréscimos previstos para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) (+9,0%) e para os outros subsídios à produção (+9,7)».

O crescimento do VAB (+11,2%, em termos reais) deveu-se à evolução positiva da produção agrícola, em particular da vegetal (+16,5%), em volume e em preço (10,1% e 5,8%, respetivamente), para a qual foram determinantes as evoluções positivas observadas nos vegetais e produtos hortícolas e nos frutos.

Esta evolução positiva do VAB verificou-se mesmo perante um aumento do consumo intermédio (+12,4%), na sequência de acréscimos em volume (+3,8%) e, sobretudo, em preço (+8,3%) - aumento na energia (+15,4%), nos adubos e corretivos do solo (+31,0%) e nos alimentos para animais (+16,1%).

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, afirmou que «as previsões agora apresentadas pelo INE vêm reforçar, uma vez mais, a resiliência do setor agroalimentar. Bem sabemos que a pandemia colocou vários desafios ao setor e foi exatamente para garantir previsibilidade aos produtores nacionais que o Ministério da Agricultura lhes disponibilizou todos os mecanismos de apoio que estavam ao seu alcance. Vamos continuar a apostar num acompanhamento próximo e numa monitorização atenta».

Maria do Céu Antunes sublinha, ainda, «o crescimento verificado na produção agrícola, de cerca de 11%, que, mesmo perante os aumentos verificados nos fatores de produção, se traduziu num incremento do valor acrescentado, só possível graças a ganhos de eficiência».

«Estes indicadores espelham o trabalho dos agricultores portugueses, que todos reconhecemos e agradecemos. Refletem, ainda, um setor competitivo, que se sabe adaptar às circunstâncias e que está preparado para contribuir para a recuperação do País e alavancar o crescimento», acrescenta.

As Contas Económicas agrícolas 2021 também preveem um aumento de 8,5% nos montantes de subsídios pagos em 2021, como consequência de um aumento dos subsídios aos produtos e outros subsídios à produção (+3,9% e +9,7%, respetivamente), essencialmente em resultado do aumento das medidas agroambientais e, também, do prémio à vaca leiteira e arroz.

Destaca-se, também, o crescimento de 45,3% do rendimento da atividade agrícola em Portugal, no período 2018-2020, face ao triénio 2005-2007. Um valor ligeiramente superior à média da União Europeia (+43,3%), que coloca Portugal no nono lugar da lista dos países com o crescimento mais elevado.

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