publicado a: 2018-05-10

Setor agroalimentar exportou 6,6 mil milhões de euros em 2017

O secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação afirmou que o agroalimentar está com uma grande dinâmica.

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“Havia muitos especialistas que há pouco tempo diziam que os setores tradicionais da economia portuguesa não tinham futuro. Falava-se do têxtil, do calçado e do agroalimentar. E o que aconteceu, felizmente, é que não tinham razão. Estes setores mostraram uma grande dinâmica de exportação. Todos estes setores souberam inovar, isto é, a inovação foi a palavra-chave de todos estes setores para conseguirem dar o salto qualitativo que hoje apresentam”, afirmou Luís Medeiros Vieira.

O governante, que falava em Castelo Branco na sessão de abertura do “Agro Day”, explicou que toda a dinâmica destes setores tradicionais reflete-se em números, em termos das exportações, sendo que o setor do calçado exportou, em 2017, cerca de 2,2 mil milhões de euros, o têxtil 5,8 mil milhões e o agroalimentar 6,6 mil milhões.

“O setor agroalimentar é um setor que mostra uma grande dinâmica e que se tem afirmado nos últimos anos, com taxas de crescimento de exportações à volta de 8 % no ano anterior [2017]. Foi o aumento que teve e nestes primeiros três meses [2018] já vamos com um aumento da mesma ordem de grandeza”, frisou.

O secretário de Estado sublinhou ainda que o Governo está empenhado em que o setor continue a crescer acima da média do resto da economia.

“Queremos também equilibrar a balança comercial em valor, em duas legislaturas. Ainda temos um défice no agroalimentar na ordem dos três mil milhões de euros, mas temos vindo a reduzir esse défice ao longo das últimas décadas”, sublinhou.

A título de exemplo, disse que o setor do azeite que era deficitário há 10 anos, neste momento, é um setor em que, no ano passado, o país teve um excedente de cerca de 150 milhões de euros em termos do saldo entre importações e exportações.

“No setor das frutas, em 10 anos, reduzimos o défice em cerca de 400 milhões de euros, cerca de 40 milhões por ano. Isto mostra claramente que estamos a ganhar o trabalho da substituição de importações. Para atingir estes objetivos, é necessário fazer apostas. E acho que a primeira aposta chama-se conhecimento. O conhecimento é a base geradora de inovação e competitividade”, sustentou.

O governante realçou ainda que é necessário investimento, porque só através dele surgem cada vez mais projetos novos que trazem mais valor acrescentado aos vários setores.

“É isso que também que estamos a fazer. Temos o Programa de Desenvolvimento Regional (PDR) 2014-2020. Até ao momento, já aprovámos projetos direcionados para o investimento na ordem dos 2,6 mil milhões de euros. São projetos decididos e contratados com os agricultores e com as empresas agroindustriais”, afirmou.

Adiantou ainda que o Governo está empenhado na abertura de mais mercados fora na União Europeia (UE), sendo que já foram abertos 45 para um universo de mais de 150 produtos.

Luís Medeiros Vieira deu ainda os parabéns ao InovCluster que está instalado em Castelo Branco, por ter sabido captar investimento para um conjunto de projetos e iniciativas que vão desde o empreendedorismo, à investigação, à inovação e até à internacionalização de empresas do setor agroalimentar.

“Até agora, conseguiram captar cerca de 10 milhões de euros de investimento para estas iniciativas, no qual tiveram a comparticipação, a fundo perdido, na ordem dos 7,5 milhões. Trata-se, por um lado, de um excelente trabalho deste ‘cluster’, porque teve que apresentar candidaturas importantes que mereceram o apoio e, ao mesmo tempo também, concorrer com candidaturas e projetos de outras regiões. Estão de parabéns pelo empenho que o InovCluster teve no sentido de captar investimento para estes grandes objetivos”, concluiu.

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