publicado a: 2015-03-13

Análise dos Mercados - 13 março

Nos mercados europeus registou-se uma pressão para a subida do preço dos cereais. Esta pressão deve-se, sobretudo, à boa procura internacional, pressionada pela desvalorização da cotação do euro, que torna os cereais europeus os mais competitivos do mundo. Só esta semana, Bruxelas emitiu certificados à exportação para 1,59 milhões de toneladas de trigo.

No que diz respeito às cevadas forrageiras, regista-se uma baixa significativa dos stocks de fim de campanha, devido também ao bom movimento de exportação. O milho, e apesar dos bons volumes exportados, tem ainda um stock muito elevado, originado pela colheita recorde em 2014.

No mercado americano temos a registar uma ligeira subida do trigo, uma vez que o Inverno seco que se fez sentir nos Estados Unidos preocupa os operadores e tem levado os fundos de investimento a consolidarem posições a médio prazo. O milho registou ligeira descida de preço, corrigindo das altas dos últimos dias.

A soja teve uma sessão muito volátil, fechando a sessão com uma ligeira queda. No entanto, a valorização do dólar está a fazer com que os preços no Brasil não parem de subir, atingindo mesmo valores mais elevados da campanha. Entretanto, os números das vendas de soja por parte dos Estados Unidos para a última semana foram decepcionantes (- 66% que na semana anterior).

O mercado aguarda pelo relatório do NOPA, que é a Associação dos Processadores de Soja Americana, que vai sair na próxima segunda-feira e que trará o volume que foi processado em Fevereiro.

No mercado do Mar Negro o facto mais relevante foi o do anúncio da concessão de um crédito de 17,5 mil milhões de dólares do FMI à Ucrânia.

Este crédito vai pôr alguma estabilização nas contas públicas e possivelmente evitar mais desvalorização da grivna. Apesar de serem impostas uma série de reformas, o sector agrícola não deve ser afectado, antes pelo contrário, pode beneficiar da estabilização da moeda.

Fonte: Agroinfo

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