publicado a: 2020-04-03

Syngenta lança num evento online fungicida Serenva para controlo da estenfiliose da pereira

O fungicida Serenva é a nova solução da Syngenta para controlo do fungo Stemphylium spp., responsável pela estenfiliose da pereira, uma doença que nos últimos anos provocou graves prejuízos na produção de pera ‘Rocha’ no Oeste.

O produto foi apresentado a 2 de Abril ao mercado nacional num webinar organizado pela Syngenta, onde participaram fruticultores e técnicos das centrais fruteiras, das organizações de produtores e da distribuição.

O Serenva é composto por duas substâncias ativas - Fludioxonil e Ciprodinil – com diferentes modos de ação, que atuam de forma complementar no controlo do Stemphylium spp., fazendo deste novo fungicida uma boa ferramenta para integrar numa estratégia de gestão anti-resistências.

O Fludioxonil (produto de contacto) forma uma barreira à entrada no fungo na planta e o ciprodinil (produto sistémico) impede o seu desenvolvimento no interior da mesma. Da ação conjugada das duas substâncias ativas resulta a atuação em quatro pontos distintos do Stemphylium spp..

O Fludioxonil tem um modo de ação diferente e original, atuando sobre os mecanismos de regulação da pressão osmótica das células dos fungos; bloqueia a proteína cinase, que catalisa a fosforilação da enzima reguladora da síntese de glicerol, e inibe a germinação de esporos e o crescimento do tubo germinativo e micélios na superfície da folha. Esta substância ativa possui boa resistência à lavagem pelas chuvas, devido à sua translocação parcial na cutícula cerosa. O Ciprodinil penetra nos tecidos verdes das folhas, atuando ao nível da parede celular dos fungos, bloqueando a biossíntese de metionina, um aminoácido essencial para o fungo. Por outro lado, bloqueia a produção das enzimas hidrolíticas do fungo necessárias para a penetração das hifas nos tecidos das plantas

O Serenva está homologado pela DGAV para controlo da estenfiliose da pereira à concentração de 80 –100 g/hL, com um volume de calda de 800 a 1.000 L/hectare, e pode ser aplicado desde a floração até próximo da colheita, num máximo de 2 aplicações por campanha, com intervalo de 12 a 14 dias.

Gilberto Lopes, field expert da Syngenta, recomenda «o posicionamento do Serenva de forma preventiva na fase inicial do ciclo da cultura, após a floração e até à fase em que os frutos atingem o tamanho de noz, e integrado numa estratégia com outras soluções disponíveis no mercado, para se obter o melhor resultado possível no controlo da estenfiliose, uma doença que, se não for controlada atempadamente, pode originar perdas de 70 a 80% de frutos comercializáveis».

O Serenva apresenta ação secundária complementar no controlo do pedrado (Venturia pirina), da Botritis cineria, e de doenças de conservação da fruta causadas pelos fungos Penicellium spp, Alternaria spp. e Goleosporioum spp.


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