publicado a: 2015-03-18

Moçambique quer investimento português na agricultura

Moçambique quer aproveitar a nova geração e convidar os agricultores portugueses a investir no continente africano. O país proporciona ajuda aos novos produtores, através do Centro de Promoção de Investidores, num território em que "dá para plantar de tudo um pouco".

As palavras são de Hélder Mutéia. O representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) detalha: "há vários regimes agrícolas. Dá para plantar desde chá, soja - que está em forte crescimento - a frutos tropicais e algodão". Os terrenos de Moçambique também permitem a exploração pecuária, sobretudo no sul do país "em que há menor exposição à mosca tsé-tsé", acrescenta.

Outra das particularidades de Moçambique é que "não se compram terras", lembra o representante. "A terra é sempre propriedade do Estado, sendo dados títulos de direito de uso e aproveitamento da terra. Os proprietários dos títulos podem depois transacionar o título e as benfeitorias realizadas nos terrenos. No caso de terra virgem é estabelecido um valor pelo DUAT - direito de uso e aproveitamento da terra", explica Hélder Mutéia.

Estes são alguns dos aspetos que deverão ser discutidos hoje, numa conferência em Maputo, pela Mozefo, uma plataforma "alargada de diálogo e ação". O CEO da Galp, Ferreira de Oliveira, e o escritor Mia Couto são alguns dos membros da Comissão de Honra da organização.


Fonte: Dinheiro Vivo

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